Declaração ocorre no momento em que promotoras responsáveis pela investigação deixaram o caso alegando interferência
Redação Brasil de Fato
Durante entrevista realizada sobre a autorização para antecipar a aplicação da segunda dose da Astrazeneca de 12 para oito semanas nesta terça-feira (13), o governador do estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), foi questionado a respeito do caso Marielle e declarou que cobra solução, mas não garante um desfecho da investigação.
“Não tive acesso a processo nenhum. Não tenho como dizer se a resposta vai ser dada, se a questão vai ser respondida como a família quer, como a imprensa quer, como o partido quer. Pelo simples fato de que não faço parte do processo, não sou polo do processo, ele corre em segredo de Justiça, e seria um crime se eu falasse isso”, disse.
No último sábado (10), o jornal O Globo informou que fontes do Ministério Público do Rio (MPRJ) sustentam que as promotoras que cuidavam do caso, Simone Sibílio e Leticia Emile, entregaram os cargos devido ao risco de “interferências externas” comprometerem as investigações.
Na segunda-feira (12), o RJ2, da TV Globo, mostrou que o pedido de afastamento feito pelas promotoras teve como pano de fundo a descoberta de que o delegado Maurício Demétrio Afonso Alves teve acesso a informações sigilosas das investigações sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, ocorrida em março de 2018. O delegado foi preso no fim de junho sob a acusação de comandar uma quadrilha que cobrava propina de comerciantes em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
Edição: Jaqueline Deister