Os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 61,3% em janeiro na comparação com o mesmo mês em 2022, segundo dados divulgados pelo INPE na última 6ª feira (10/2). De acordo com o sistema DETER-B, foram registrados alertas de desmate para uma área de 166,58 km2 no último mês, enquanto janeiro do ano passado identificou a perda de pouco mais de 430 km2.
Ainda é cedo para associar a queda no desmatamento com a retomada das ações de fiscalização e combate à ilegalidade na Amazônia. O mais provável é que o ritmo de destruição da floresta tenha voltado ao seu padrão histórico: em geral, o desmatamento costuma cair nesse período do ano por conta da temporada chuvosa.
Exatamente por conta das chuvas dessa época, a capacidade de análise do DETER-B de mudanças no uso da terra também fica limitada em virtude da presença maior de nuvens no céu. Segundo o Estadão, o sistema não conseguiu observar mais da metade (50,27%) do território da Amazônia brasileira em janeiro passado; no mesmo período em 2022, o “ponto cego” abrangeu uma área ligeiramente menor (48,04%).
Ainda assim, o dado do mês passado é positivo. “O ano passado também foi chuvoso em janeiro e mesmo assim [o desmatamento] foi o recorde da série histórica para o mês”, explicou Ane Alencar (IPAM) à Folha. “Agora tem uma diferença muito grande nessa redução e isso provavelmente indica uma mudança de comportamento naqueles que estão ou estavam pensando em desmatar”.
Agência Brasil, CNN Brasil, g1, O Globo, Reuters, UOL e VEJA, entre outros, repercutiram essa notícia.
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REUTERS/Ueslei Marcelino
