Região amazônica mantém tendência de queda na devastação, enquanto Cerrado registra diminuição da destruição pela 1ª vez desde julho de 2023, depois de sucessivas altas.
Em janeiro, a Amazônia confirmou a tendência de queda do desmatamento no bioma, iniciada no 1º trimestre do ano passado. No entanto, a melhor notícia veio do Cerrado, que vinha sofrendo com uma crescente destruição desde meados de 2023 e, enfim, registrou uma redução dos estragos no mês passado após 7 meses de alta, de acordo com dados do sistema DETER, do INPE.
Na Amazônia, os alertas de desmatamento totalizaram 118,86 km² no mês passado. Essa área é um pouco maior do que a cidade de Vitória, no Espírito Santo, a menor capital do país, destaca ((o)) eco. O número representa uma queda de 29% sobre igual mês de 2022, quando 166,6 km² foram devastados. É a terceira menor para o mês da série histórica, iniciada em 2016. Na comparação com dezembro de 2023, a redução foi de 32%.
Já o Cerrado registrou uma área desmatada de 295,9 km² no mês passado, segundo o DETER. Trata-se de uma redução de 33% em relação a janeiro de 2023, quando foram desmatados 440,5 km², explica ((o))eco. A área perdida é um pouco menor do que a capital do Ceará, Fortaleza, e também é o terceiro menor valor para janeiro da série histórica do INPE, que começou em 2019. Além disso, é 35% menor à registrada em dezembro de 2023.
No bioma amazônico, Roraima e Pará foram os estados que registraram as maiores áreas com alerta de desmatamento: 32,4 km² e 32,3 km², respectivamente, informa o Pará Terra Boa. Mato Grosso (30 km²) e Amazonas (16 km²) aparecem em terceiro e quarto lugares do ranking de estados com maiores áreas sob alerta.
No Cerrado, o Tocantins foi o estado que mais desmatou, com 118 km² perdidos, seguido por Maranhão (55,9 km²), Piauí (42,8 km²) e Bahia (31,5 km²). São esses estados que formam a região conhecida como MATOPIBA – um acrônimo com as siglas dos estados –, onde a expansão do agronegócio vem exercendo maior pressão sobre o bioma, explica o Gigante 163.
É preciso explicar que o início do ano normalmente apresenta melhora nos números de desmatamento, já que a temporada de chuvas nos dois biomas dificulta a derrubada da mata. Além disso, ressalta a Folha, a maior incidência de nuvens dificulta a captura de imagens pelos satélites que alimentam o DETER.
A queda do desmatamento na Amazônia e no Cerrado foi destacada também pelo Um só planeta e Nexo.
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TV Brasil