A Comissão Pastoral da Terra junto do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Associação Indígena Pariri, da Associação Indígena Poxo Kao Kao e do Conselho Gestor de Fiscalização dos Investimentos e Empreendimentos no distrito de Miritituba (Congefimi) realizaram o “Diagnóstico Socioeconômico e Ambiental dos/das Atingidos(as) Pelos Portos do Agronegócio e sua Cadeia Logística, no Médio Tapajós”.
A pesquisa aponta os principais impactos causados pelos portos e sua cadeia logística na vida das comunidades e aldeias do Distrito de Campo Verde, Distrito de Miritituba, aldeia Praia do Mangue e aldeia Praia do Índio, além de um conjunto de pescadores da colônia Z-56 de Itaituba (PA).
São 21 portos em funcionamento nas margens do rio Tapajós, entre os municípios paraenses de Itaituba e Rurópolis, com projeção de mais 40 a serem instalados. Os empreendimentos funcionam desde 2013 e vem ocasionando violações de direitos na vida das comunidades tradicionais e indígenas, como perda de espaços de pesca, poluição do rio, aumento da violência e a falta de consulta prévia livre e informada, conforme a convenção 169 da OIT.
Para a maioria das famílias entrevistadas durante o diagnóstico, os portos no Tapajós não representam desenvolvimento e melhorias de vida da população local. Dentre as consequências da presença dos empreendimentos estão uma série de violações de direitos e degradação ambiental, sem que se perceba resultados positivos para a população de Itaituba.
Você pode acessar o diagnóstico completo pelo link.
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Pescadores são impedidos de pescar nas proximidades do Terminal Portuário da Bunge, em Itaituba (PA). Imagem: Terra de Direitos