Criança indígena de seis anos teve braço marcado por ferro em brasa na Ilha do Bananal, entre Tocantins e Mato Grosso
Desde a chegado dos colonizadores ao Brasil, os povos indígenas que aqui vivem têm sofrido muitos tipos de violência, roubo de seus territórios, perseguições, racismo, massacres. No dia 6 de outubro, a vítima foi uma criança Iny/Karajá de seis anos, que sofreu violência física e simbólica em seu próprio território, na Ilha do Bananal, nas proximidades da aldeia Macaúba, na Terra Indígena (TI) Parque do Araguaia. Ela foi marcada no braço com um ferro usado para marcar gado. A agressão foi praticada por um capataz que aluga pastagens na Ilha, onde deveria ser garantido o usufruto exclusivo dos povos sobre seu território.
Este ato é inaceitável e traz em si alta carga de crueldade e racismo. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) condena e repudia essa violência e se solidariza com a criança Iny e seus familiares. O Cimi acompanha o caso na justiça, cobrando das autoridades punição ao agressor e reparação para a criança Iny e sua família.
Além da investigação e da condenação ao autor dessa cruel agressão, é fundamental que as autoridades públicas estabeleçam um diálogo com o povo Iny a fim de sanar as bases dessa e outras violências cometidas contra os indígenas na Ilha do Bananal.
24 de outubro de 2024
Conselho Indigenista Missionário – Cimi Regional Mato Grosso
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Criança Iny/Karajá de seis anos teve braço marcado por ferra utilizado para marcar gado. Foto: arquivo pessoal