“Com agroecologia construiremos uma educação de qualidade para classe trabalhadora”

A luta da classe trabalhadora em defesa de uma educação do campo de qualidade ocupou as mesas de discussões do 18º Encontro Estadual de Educadores e Educadoras do MST na Bahia

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia*

De 15 a 17 de setembro aconteceu o 18º Encontro Estadual de Educadores e Educadoras do MST, no Centro de Treinamento da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), em Salvador, com 350 profissionais da educação que atuam em dez regiões do estado nos assentamentos e acampamentos de Reforma Agrária.

O Encontro trouxe como lema “Educação do Campo: por uma escola agroecológica e da classe trabalhadora”, que se ampliou a partir de diversas rodas de conversa e temas debatidos em plenária pelos educadores e educadoras.

Jozenilza Figueiredo, do coletivo estadual de educação, acredita que a agroecologia tem sido um debate importante a nível nacional dentro do MST, por ser mais um instrumento de luta que compõe a Reforma Agrária Popular e que traz em sua centralidade a alimentação saudável.

“Esse debate precisa ser apropriado por nós enquanto educadores e educadoras do Movimento, já que entendemos a escola como um espaço central para expandi-lo. É nesse intuito que o Movimento juntamente com os setores de produção, de saúde e os demais traz esse debate à tona”, explicou.

Simbologia

A simbologia das lutas populares esteve presente no encontro através das ferramentas de trabalho, dos gritos de ordem, atividades culturais e das crianças que participaram de diversas atividades na Ciranda Infantil sobre a agroecologia e o cuidado com a natureza.

Além disso, o atual cenário político brasileiro foi discutido e problematizado, tendo como ponto pricinpal, o Programa Escola Sem Partido do governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (PMDB).

Zena afirmou que o Programa quer amordaçar a construção política dos movimentos e organizações populares do campo e cidade, porque ele destrói todas as conquistas que obtivemos no plano de uma educação crítica e autônoma. “Essa proposta não nos permite ocupar as salas de aula com as construções coletivas da classe trabalhadora. Somos contra a tudo isso e nosso encontro nos ajudou a refletir mais sobre”.

A luta da classe trabalhadora em defesa de uma educação do campo de qualidade ocupou as mesas de discussões e ao final, os educadores se comprometeram a fortalecer o coletivo estadual de educação do MST consolidando frentes de atuação a partir das modalidades de ensino, como educação infantil, adolescência e juventude.

Durante o encontro, diversas representações públicas estaduais e nacionais marcaram presença, como a secretária de promoção da igualdade racial, Fábia Reis, e o deputado federal Valmir Assunção (PT).

*Editado por Iris Pacheco

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