Por que os vizinhos do Bolsonaro mataram Marielle Franco: uma entrevista com Sérgio Ramalho

Por Cauê Ameni e Sofia Schurig, na Jacobin

Ontem fez 4 anos que a vereadora e militante socialista Marielle Franco foi assassinada. Antes de morrer, ela estava lutando para inviabilizar uma das fontes ilegais mais lucrativas da milícia carioca: a grilagem. Para entender porque as investigações não avançaram e por que os vizinhos do Bolsonaro participaram do crime, conversamos com o jornalista Sérgio Ramalho, que vem fazendo uma das melhores coberturas sobre as atrocidades e falcatruas dos grupos paramilitares no Rio de Janeiro.

Em 14 de março de 2018, aconteceu um dos crimes políticos mais bárbaros da história recente brasileira. A militante socialista e vereadora do PSOL, Marielle Franco, e seu motorista, Anderson Gomes, foram covardemente assassinados pela milícia carioca.

Desde então, as autoridades investigativas tanto da polícia quanto do judiciário pouco avançaram para desvendar o caso. Os 3 milicianos suspeitos de executarem a morte da vereadora apareceram nas investigações, mas os mandantes continuam desconhecidos. Dois milicianos tinham uma relação direta com a família Bolsonaro, um colocando a mulher e a mãe para trabalhar no gabinete de Flávio Bolsonaro, de quem também recebeu medalha Tiradentes, a maior comenda da Alerj, enquanto estava preso, e outro morando no mesmo condomínio, onde compartilhavam a vizinhança e fotos juntos em eventos.

A morte de Marielle Franco chocou o mundo e ganhou manchetes nos principais jornais. Ela não representava apenas seu eleitorado carioca, mas toda uma nova geração militante que vem unindo gênero, raça e classe na luta social emancipatória. Marielle, que na sua primeira eleição, em 2016, conseguiu mais de 40 mil votos, estava prestes a inviabilizar uma das fontes ilegais mais lucrativas da milícia carioca: a grilagem nas favelas, afetando diretamente o grupo paramilitar Escritório do Crime, que domina a região de Rio das Pedras, onde erguem prédios ilegais e extorquem os moradores com serviços de gás, gatonet, água e luz.

Para entender porque as investigações não avançaram, o que se sabe até hoje sobre o caso e porque os vizinhos do Bolsonaro participaram desse assassinato, a Jacobin Brasil conversou com Sérgio Ramalho, consagrado jornalista carioca, ganhador dos prémios Esso e Vladimir Herzog, que já passou pela redação do O Globo, O Dia e hoje intrega a redação do The Intercept Brasil, onde produziu uma série de reportagens mostrando, através de grampos, que os milicianos envolvidos no crime recorreram ao presidente da república Jair Messias Bolsonaro.

JB

Hoje, 14 de marco, faz 4 anos desde o assassinato brutal da vereadora do PSOL Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Sabe-se que os milicianos Élcio de Queiroz, Ronnie Lessa e Adriano da Nóbrega fizeram o serviço, mas não se sabe até hoje quem é o mandante do crime. Por que as investigações não avançaram e até hoje os responsáveis não foram punidos?

SR

Honestamente, pouco se fez. O Ministério Público (MP) e a polícia chegaram à constatação de que Ronnie Lessa, ex-policial militar, assim como Élcio Queiroz, teria participado diretamente da execução da vereadora e seu motorista. O MP nunca relacionou o Adriano da Nóbrega diretamente a execução de Marielle, apesar da investigação indicar haver uma ligação entre ele e o Ronnie Lessa, que, inclusive, trabalharam juntos – mas dizem não haver ligação direta, chegando a dizer que Ronnie Lessa não teria ligação com o escritório do crime.

Essa é a posição do MP e de parte da polícia. Já escutei muita gente, do MP e da polícia, que pensam diferente, e não chegam a acreditar na versão de que Ronnie Lessa teria sido o executor. Ele, há muito tempo, vinha atuando mais na parte do planejamento dessas ações – um cara que contratava matadores, comprava armas e fazia essas questões muito mais técnicas, digamos assim. Essa mudança teria ocorrido em relação dele ter perdido uma perna após um artefato explosivo ter sido posto em seu carro blindado, enquanto ele estava estacionado na porta de casa. Isso nunca foi explicado: se foi um atentado, ou se ele estava carregando um artefato que explodiu. 

A justiça tende a levar Ronnie Lessa e Élcio Queiroz ao júri popular, acusados e denunciados pelo MP como executor e motorista, respectivamente. As investigações seguem muito lentamente, estamos falando de onde quatro anos depois somente temos duas pessoas presas e denunciadas enquanto a própria investigação cita, em vários momentos, que esses grupos são oriundos, normalmente, da Polícia Militar. Ou seja, são muito bem treinados com o dinheiro público do Estado do Rio de Janeiro e acabam se tornando matadores de aluguel. Tanto Ronnie Lessa quanto Adriano da Nóbrega possuem ligações em diversos outros crimes.

Na minha opinião, a única coisa que não justifica eles relacionarem isso é que, de uma certa maneira, eles também se entrelaçam com a família Bolsonaro. O Adriano tinha relações muito sólidas com o Flávio Bolsonaro, que se tornou senador da República, e com o Ronnie Lessa, que tinha uma aproximação com o Carlos Bolsonaro – ele morava em uma casa próxima a do Carlos e do Jair Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra. Cabe a polícia e, na verdade, a Procuradoria Geral da República (PGR)  investigar, já que ela possui a responsabilidade para este tipo de investigação por se tratarem de figuras com foro privilegiado. Não estou dizendo que eles tenham relação direta com o assassinato, mas eles tinham uma relação com essas duas figuras. 

JB

Antes do assassinato, quem autorizou a entrada do miliciano e ex-PM Élcio de Queiroz no condomínio Vivenda da Barra foi a casa número 58, do Jair Bolsonaro, na primeira versão do porteiro. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também chegou a esse número ao ver as anotações do porteiro no caderninho da portaria, que a mulher do Ronnie Lessa tirou foto enquanto ele estava na prisão e a polícia teve acesso ao periciar o celular dele. Depois o porteiro mudou a versão, mas, a meu ver, isso já não importa mais porque ele foi muito pressionado e hoje até vive escondido. Aí também começou a guerra entre o clã Bolsonaro e o ex-governador Witzel. Como você vê isso? Por que a polícia descartou uma prova física em detrimento a um segundo depoimento? A polícia do RJ é tão aparelhada assim?

SR

Existe uma série de controvérsias em relação a esse fato. O porteiro disse à Globo que Elcio Queiroz chegou ao condomínio do Vivendas da Barra e pediu para falar com a casa 58, do então deputado federal, Jair Bolsonaro – que não estava no Rio de Janeiro, mas em Brasília. Logo em seguida, quando isso veio à tona, a polícia voltou e disse que não foi bem isso que aconteceu. O porteiro foi ouvido, mudou sua versão e saiu do condomínio. Ele morava em Rio das Pedras e atualmente não mora mais no local, mas não se sabe onde ele está atualmente. 

Temos uma investigação que aponta coisas muito complexas de políticos do Rio de Janeiro com uma relação muito próxima à retórica do “bandido bom é bandido morto” – a questão moral que é um pouco questionável. Ela tem uma parte e fica parada. A polícia não descarta todas as provas, mas não vai à frente. 

Com relação a possíveis suspeitas de ligação da família Bolsonaro com essas figuras, Adriano da Nóbrega e Ronnie Lessa, cabe à PGR investigar, e não a instância ao Estado do Rio de Janeiro. 

JB

O general Braga Neto é um dos militares mais fieis à família Bolsonaro até hoje e estava comandando a intervenção no Rio de Janeiro na época do assassinato. Qual a relação entre o Exército e a milícia?

SR

É difícil dizer. Sinceramente, você está falando de uma instituição de Estado, o Exército, e de grupos paramilitares, então não vejo uma relação direta. O fato é que durante a investigação, fica muito claro que o Orlando Curicica – ex-policial militar – foi apontado como um comandante, ou um dos contratantes, do assassinato de Marielle e foi ouvido como testemunha. Ele prestou um depoimento em uma penitenciária federal para promotoras do GAECO que estavam na ocasião, onde é ele que fala a respeito de Ronnie Lessa e Adriano da Nóbrega – porque, até o momento, a promotoria do GAECO não possuía nenhuma informação sobre isso. Na conversa gravada de quase 3h de depoimento, ele pergunta “e o policial perneta?”, onde ele estava se referindo ao Ronnie Lessa, mas as promotoras não sabiam até então do que ele estava falando. 

Essa investigação tem uma série de nuances que mostram que Ronnie e Adriano atuaram juntos em alguns casos, como quando, por exemplo, eles tentaram matar o Marcelo Diotti. 

Três meses antes de sua morte, executado no mesmo dia da Marielle, ele passa por uma tentativa de assassinato com tudo planejado aos requintes das táticas do Escritório do Crime – o monitoramento da vítima, de seu círculo social e suas redes sociais. Eles iriam assassinar o Diotti durante seu aniversário, em uma casa em que ele havia se mudado com a esposa em uma área nobre do Rio de Janeiro. Mas no dia, com a equipe toda preparada e tudo certo para a execução, o Adriano desiste porque vê que nesta festa parte nobre da sociedade carioca. Essa execução volta para o planejamento e acaba sendo consumada na mesma noite, e não acredito que isso seja coincidência, apesar de que o MP trate ambos os casos à parte. A delegacia de homicídios e o MP não relacionam essas figuras e, na minha opinião, isso é para que não fique muito patente que eles tinham uma relação em algum momento com o clã Bolsonaro. 

JB

Você produziu no The Intercept Brasil uma série de reportagens sobre “o homem da casa de vidro”. Segundo os arquivos do celular do miliciano Adriano da Nóbrega, outro responsável pela execução do assassinato, havia uma relação direta entre eles e o Bolsonaro. Ao ver isso, a polícia baiana e carioca, que foi enviada para Bahia para executar o miliciano, não encaminharam para o MPF? O que aconteceu? Você pode nos explicar melhor esse furo que você deu e por que a imprensa ficou calada? 

SR

Essa série de reportagens é baseada em um material da investigação do qual tive acesso, uma série de documentações que mostram operações envolvendo a polícia do Rio de Janeiro e, em outros casos, até mesmo a Polícia Federal. A partir de Marielle, alguns nomes vêm à tona e muito por conta do depoimento de Orlando Curicica. O Curicica é uma figura central para entender o grupo paramilitar Escritório do Crime. Um dos capítulos da série é O Homem na Casa de Vidro, porque pessoas ligadas ao Adriano citavam o “Jair”, “presidente” e “o homem da casa de vidro”, em uma referência ao Palácio do Planalto, que é todo espalhado com vidros.

Toda a investigação mostra que pessoas que contribuíram para manter o Adriano foragido. O Adriano tem sua prisão decretada no dia de seu aniversário em 2019 e há a Operação Intocáveis e o próprio nome da operação já chama atenção: porque intocáveis? Ele era um ex-policial que perdeu sua carteira. Ele era capitão da Polícia Militar, fez o Batalhão do Pulso da Polícia Militar, era uma pessoa temida e respeitada entre os policiais. 

Não fica claro qual é a relação do Adriano com o caso da Marielle, mas há quem acredite que ele até foi contra a execução, o que acredito ser muito pouco provável. Não há nenhuma ligação ou grampo telefônico que prove isso – até porque ele mal utilizava o telefone para falar. Quando ele foi morto pelo BOPE da Bahia, haviam equipes do Rio de Janeiro. Mas quem deu o suporte para a operação naquela região foi a Polícia Militar baiana, com cerca de 70 homens. 

O que aconteceu? Perguntamos em razão desse material e tanto o MP do Rio de Janeiro quanto o Federal, assim como a PGR, não disseram que levaram a frente essa investigação. Particularmente, acho difícil que tenha ido à frente e devem estar esperando. O Procurador Geral da República tem esse hábito de arquivar tudo relacionado à família Bolsonaro. 

A imprensa repercutiu sim. Quando publicamos a reportagem sobre o homem na casa de vidro, todos os veículos republicaram e citaram o The Intercept. O fato de que eles não tenham tido acesso aos arquivos que nós tivemos pode servir como uma justificativa para que eles não levassem isso a frente.

JB

Essa eleição presidencial será possivelmente a pior que o Brasil já enfrentou no campo da desinformação. É possível que o assassinato de Marielle seja utilizado como arma política? Se sim, como? 

SR

O assassinato da Marielle, na minha opinião, foi uma sinalização política de um campo de parte da nossa política relacionada a polícia, com o “bandido bom é bandido morto” e a defesa de grupos paramilitares – onde a milícia, que vive de extorquir pessoas em áreas pobres, é vista com um mal menor. Se pode ter sido usado ou vai ser usado, acredito que pode ser sim, mas uma parte disso. 

JB

Como uma troca de administração do Executivo poderia ajudar na tão aguardada solução do caso?

SR

O correto seria que nossas instituições agissem dentro do que determina a lei, sem seletividade. Acredito que esse caso acabou contaminado desde o início por conta dessas relações de simpatia, digamos assim. No The Intercept, Leandro Demori chegou a publicar uma foto de uma das promotoras envolvidas no caso com uma camiseta de campanha de Bolsonaro. 

Fica muito complicado. Eu seria leviano se afirmasse que eles não agiram com a imparcialidade que se deseja, não posso afirmar isso. Mas nós temos uma investigação de uma execução que chamou atenção do mundo e repercutiu tanto ou mais quanto a execução da Patrícia Acioli – que também tinha policiais envolvidos, mas foi elucidada e todos os envolvidos foram denunciados. 

Especificamente, no caso da Marielle, em quatro anos somente conseguimos que o MP apontasse duas pessoas da qual eles acusam diretamente da execução, mas o resto está parado. O fato é a investigação é muito frágil, a parte da denúncia que aponta Ronnie e Élcio como executores é muito frágil e Ronnie Lessa somente permanece preso porque durante as investigações, encontrou-se mais de cem peças de fuzis montados em uma das casas vasculhadas pela polícia em meio a operação. 

JB

Você acha que o assassinato dela definiu a eleição de 2018?

SR

Não acredito. Desde 2013, quando começamos a ter manifestações contrárias a Dilma Rousseff, foi ganhando corpo em nossa sociedade um certo ódio em relação à política e aos políticos, não totalmente sem uma motivação. Vivemos diversos casos de corrupção envolvendo políticos em diversas esferas e partidos. O que se tem é que em 2018 desaguamos no momento onde existe um grupo totalmente radical de direita do bolsonarismo e de muitos policiais que se elegeram políticos, entrando um grupo muito grande de policiais na política. 

A execução da Marielle serve como mais combustível para isso, já que a polarização fica ainda mais acirrada. Tivemos até algumas pessoas, das quais não gosto nem de citar os nomes, que quebraram a placa da Marielle e conseguiram catalisar essa atitude bárbara em votos. Aquela placa era uma homenagem póstuma e não tinha nenhum valor oficial. Simpatizantes e eleitores do PSOL fizeram aquela homenagem e espalharam as placas pela cidade. Do outro lado, a oposição aos direitos humanos tem como principal bastião o Jair Bolsonaro que defendeu milícias, enquanto deputado, além de ter defendido o Adriano da Nóbrega durante uma sessão no plenário.

Em 2018 tivemos um acirramento do debate político e a execução da Marielle foi um dos movimentos que antecederam a ascensão da extrema direita brasileira.

JB

E, na sua opinião, quem mandou o vizinho do Bolsonaro matar Marielle?

SR

Essa é a pergunta que todos nós queremos a resposta. O MP tem a responsabilidade em sua atribuição, assim como a delegacia de homicídios, de apontar os mandantes. Na semana passada, o RJ da TV Globo deu uma reportagem muito interessante onde o coordenador do GAECO, o promotor Bruno Cangone, cita entre os investigados suspeitos de terem participado como mandantes da execução, o ex-vereador Cristiano Girão e o Brasão, deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCU) do Estado. Isso não foi a frente. O Girão acabou sendo preso por outro assassinato com participação do Ronnie Lessa. O Brasão está na Justiça tentando reaver seus direitos, para retomar sua posição no TCU do Estado. 

Esperamos a solução em algum momento. 

Esse caso é um caso emblemático em nossa política. A Marielle era uma estrela em ascensão na nossa política e acredito que, caso estivesse viva, ela fatalmente estaria disputando uma cadeira para o legislativo, ou até mesmo disputando a própria cadeira de governo de Estado do Rio de Janeiro. Ela era uma figura muito carismática e em sua primeira eleição teve mais de 40 mil votos. Era uma pessoa que começou a se movimentar muito bem na câmara dos vereadores do Rio de Janeiro. 

Ela iria aprovar um projeto de lei que dificultaria as principais fontes atuais das milícias: a construção de prédios ilegais em áreas dominadas por milicianos. Rio das Pedras é algo assustador, você observa e vê que todas as favelas são tomadas por prédios. É uma área extremamente sensível na questão de solo, já tivemos muitos deslizamentos e quedas de prédios com a morte de mais de vinte pessoas. Essas obras continuam ocorrendo. De um tempo para cá, a prefeitura do Rio vem derrubando muitos desses imóveis, mas isso ainda ocorre. Então, a Marielle tentou passar esse projeto de lei em seu primeiro ano como vereadora, mas não conseguiu. Assim que retornou para o seu segundo ano de mandato, em 2018, ela voltou com o mesmo projeto para pauta fazendo modificações e acabou sendo assassinada antes que o projeto fosse aprovado. 

A questão da milícia consegue ser mais preocupante que o próprio tráfico. Não estou minimizando a brutalidade de grupos paramilitares do narcotráfico, porque eles também executam e violentam, mas eles não possuem essa ligação direta com o Estado, algo que as milícias possuem. O agravante na questão da polícia é que muitos dos milicianos são oriundos das polícias, tornando muito difícil o combate a esses grupos. De um tempo para cá, a polícia bate na tecla de que “as prisões mostram que não são mais policiais e ex-policiais”, mas não estou falando dos milicianos de campo e sim os que mandam nos grupos. Esses sim, em sua maioria, são policiais e ex-policiais militares. O próprio grupo que mandava em Rio das Pedras, conhecido como Escritório do Crime, tinha como chefes um major da polícia militar, um ex-capitão e um ex-tenente.

Sobre os autores

Sérgio Ramalho é jornalista há 25 anos, passou pelo O Globo e O Dia e hoje escreve no The Intercept Brasil. Ele venceu os prêmios Esso e Vladimir Herzog.

Cauê Seignemartin Ameni é publisher da Jacobin Brasil, editor da Autonomia Literária e um dos organizadores da Festa Literária Pirata das Editoras Independentes (FLIPEI).

Sofia Schurig é editora da revista O Sabia.

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