Agentes identificam uso ilegal de castanheiras na indústria madeireira em Roraima

Operação Maravalha, do Ibama, já aplicou mais de R$ 1,4 milhão em multas por fraudes em sistema de controle

Ibama

Boa Vista/RR (24/09/2025) – Mais de R$ 1,4 milhão foi aplicado em multas relacionadas a fraudes no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) em Roraima, no âmbito da Operação Maravalha. Em ação deflagrada esta semana pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado, agentes ambientais federais identificaram que árvores da espécie castanheira (Bertholletia excelsa) foram usadas como matéria-prima em indústria madeireira, o que é proibido desde o Decreto Federal nº 5.975/2006.

Cerca de 120 metros cúbicos de castanheira estavam depositados na serraria fiscalizada, ainda em toras. Mas fragmentos e resíduos da mesma espécie foram encontrados pelos agentes no local, o que evidenciou que a empresa vinha operando ilegalmente. Como medida, os agentes ambientais embargaram as atividades da empresa, apreenderam a madeira ilegalmente extraída e aplicaram multa.

Operação Maravalha

Na etapa mais recente da Operação Maravalha, foram apreendidos, no total, 430 metros cúbicos de madeira ilegal e eliminados 3.200 metros cúbicos de créditos florestais indevidos no Sinaflor. Os dados fraudulentos poderiam levar ao acobertamento de madeira sem origem comprovada.

Foram aplicados 12 autos de infração, que totalizam R$ 1,43 milhão em multas.

A proteção da Amazônia compreende a interrupção do fluxo de capital ilegal que financia o desmatamento ilegal. A Superintendência do Ibama em Roraima segue esse objetivo por meio do monitoramento constante do setor madeireiro.

Operação Maravalha, do Ibama, identificou castanheiras extraídas ilegalmente em Roraima – Foto: Divulgação/Ibama/RR

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