Hugo Souza: “O dia em que o extremista engomadinho sacou um tacape do topete”

Hugo Motta expulsou a imprensa do plenário Ulysses Guimarães e mandou para a enfermaria jornalistas e um deputado que lhe faz oposição. Depois, abriu uma sessão como se nada tivesse acontecido.

No Come Ananás

Desde fevereiro, a imprensa corporativa trata Hugo Motta a pão de ló, como “normal”, apesar de tudo, como a associação de Motta com as forças e figuras que ainda ontem tentaram dar um golpe no Brasil e, principalmente, a dobradinha que já dura nove meses, desde março, do presidente da Câmara dos Deputados com um deputado franca, aberta, escancaradamente mancomunado com agentes estrangeiros para conspirar contra o Brasil.

Nove meses: é o tempo mesmo de gestar e parir um filhote de ditador. (mais…)

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A esquerda radical deveria apoiar Lula desde o primeiro turno. Por quê? Por Valério Arcary

O voluntarismo não é bom conselheiro. Ideias revolucionárias são poderosas e podem colocar em movimento milhões de pessoas até então desesperançadas. Mas é imprudente desconhecer a impiedosa força da realidade objetiva.

No A Terra é Redonda

Quem em caminho leva pressa, no chão tropeça
Quem anda à chuva, molha-se
As flores ficam mais perfumadas antes da chuva
(Provérbios populares portugueses)

A esquerda radical deveria apoiar Lula desde o primeiro turno em 2026. O PSol é o maior partido anticapitalista e deve fazê-lo, repetindo a tática eleitoral de 2022, embora a decisão ainda não tenha sido, formalmente, aprovada. Diferente de 2022, quando a decisão de renunciar à apresentação de candidatura, pela primeira vez desde a fundação foi, intensamente, polêmica, o mais provável é que a discussão provoque uma controvérsia menor. O PSol não considera a sua autoconstrução o primeiro critério de definição da tática eleitoral, e avalia que será mais útil construindo uma Frente de Esquerda com o PT para abrir caminho de uma situação política mais favorável. (mais…)

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Ineditismo enganador. Por Manuel Domingos Neto

Quando a autoridade civil ordena a prisão de altas patentes envolvidas em tentativa de golpe, o impacto simbólico é fortíssimo. Mas pode ser engodo. Democracia se conquista em confrontos barulhentos. Não é dádiva de tribunal, parlamento, líder carismático ou quartel

No Outras Palavras

O democrata brasileiro alegra-se com a prisão de militares julgados responsáveis pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

A bem da verdade, deve moderar sua alegria. A condenação tanto pode favorecer a revisão do papel das fileiras quanto pode empaná-la. (mais…)

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O poder e a liberdade. Por Luiz Marques

Do banco Master às milícias: como uma elite colonial corrói a República e transforma a liberdade em mercadoria

No A Terra é Redonda

1.

Antigos romanos distinguem várias modalidades de poder: (i) auctoritas, a influência exercida graças a uma autoridade moral; (ii) potestas, a competência dos magistrados e oficiais do governo; (iii) imperium, a ascendência para declarar guerras e comandar os exércitos. Não reduzem o poder à vontade fálica de dominar, como faz a mídia moderna ao psicologizar os conflitos sociais, políticos e econômicos comentando o nervosismo do mercado. (mais…)

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O problema da esquerda é a Segurança? Por Antonio Martins

No Outras Palavras

A disputa eleitoral de 2026 promete eletrizar o país. O ano nem começou e o debate sobre as táticas políticas e eleitorais já está aquecido. No movimento mais recente, figuras destacadas entre a esquerda passaram a argumentar em favor da centralidade de um programa de Segurança Pública para Lula. Em vídeo, o ex-ministro José Dirceu alertou tanto para a urgência de ações contra o crime organizado quanto para a necessidade de elas respeitarem o Estado de direito, diferenciando-se das posições puramente repressoras do bolsonarismo.

Renato Rovai, diretor da revista Fórum, foi além. Para ele, Lula deve criar uma secretaria de Segurança Pública diretamente vinculada à Presidência (portanto, autônoma em relação ao Ministério da Justiça) e colocá-la sob o comando de Ricardo Cappelli, ex-interventor da área no Distrito Federal (após a tentativa de golpe de 2023). Por sua vez, Cappelli, embora à frente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, tem comparecido às redes sociais para falar… de Segurança. Numa série de textos e vídeos, ele sustenta que, ao tratar do tema, a esquerda precisa combinar inteligência e planejamento com uso efetivo da força; que é preciso superar as “visões românticas” e recuperar os territórios hoje controlados por facções criminosas e milícias; e, finalmente, que “este é o último flanco que pode ameaçar 2026”. (mais…)

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Contra o fiscalismo e o quietismo. Por Valerio Arcary 

A verdadeira coragem política reside em navegar a tensão necessária: usar a frente ampla como trincheira tática sem nela se aprisionar, mantendo a estratégia de transformação antineoliberal como bússola

No A Terra é Redonda

 “A audácia sem juízo é perigosa, e o juízo sem audácia, inútil”
(Tácito, historiador e político romano).

1.

Diz uma velha sabedoria que quem não sabe contra quem luta não pode vencer. A luta política não pode ser reduzida aos limites mais imediatos das disputas táticas. O centro da estratégia política é a luta pelo poder. A luta pelo poder tem como premissa a conquista do governo. Nas atuais condições da correlação social de forças no Brasil a questão central é o desenlace das eleições de 2026. (mais…)

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O jantar da CONIB. Por Paulo Sérgio Pinheiro

O manto de uma solenidade comunitária pode esconder a farsa perigosa que une o supremacismo de um Estado estrangeiro ao projeto autoritário da extrema direita local

A Terra é Redonda

1.

A CONIB (Confederação Israelita do Brasil), principal organização do lobby sionista no país, nunca reconheceu que Israel cometeu genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza, fato já apontado pela Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre o Território Palestino Ocupado, presidida pela ex- Alta Comissária de Direitos Humanos Navi Pillay. (mais…)

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