Quando em 1938 o jovem Orson Welles levou a sociedade estadunidense a beira do delírio coletivo com a apresentação radiofônica de uma invasão alienígena – na verdade a dramatização da novela de George Wells, Guerra dos Mundos – ficou bastante claro o poder que o rádio – naqueles dias uma mídia insurgente – desempenhava. Sua penetração era avassaladora e o que era veiculado na caixinha de som assumia status de verdade absoluta. A sociedade já não estava mais refém dos ilustrados, que sabiam ler, e desvendavam as letras dos jornais. Pelo rádio, a informação falada podia chegar a qualquer pessoa e em qualquer lugar. Abria-se o espaço para a liberdade do conhecimento. Só que não.
(mais…)alienação
A Tecnologia da Adaptação — e como vencê-la
Falta à esquerda uma crítica mais profunda às redes sociais e à captura e tráfico de dados. Não se trata de “desmembrar o Facebook”, mas de opor, às “inovações” que apenas conservam a ordem social, uma possível Tecnologia Rebelde
Por Evgeny Morozov | Tradução: Gabriela Leite, em Outras Palavras
No momento em que o Facebook confessa seus pecados digitais e promete tornar-se cidadão da aldeia global, respeitoso da vida privada e preocupado em evitar a compulsão digital, as bases da hegemonia cultural das grandes empresas de tecnologia parecem estar desmoronando. Mais surpreendente ainda: é nos Estados Unidos, país do Vale do Silício, que parecem estar mais fracas.
(mais…)Escola partida. Por Vera Iaconelli
Há grandes riscos em deixar nossos filhos aprenderem história do Brasil
Na Folha
Soa muito suspeito o fato de que um professor falar sobre pobreza, solidariedade, equanimidade ou ensinar a história do nosso país seja interpretado como discurso ideológico da “esquerda comunista comedora de criancinha”. (mais…)
SOS: la lectura en peligro de extinción
La lectura se está viendo amenazada debido a la invasión de elementos tecnológicos en diversas cantidades y versiones, además de prestar más atención a textos sin valor alguno que nos ofrece la prensa amarillista, o las mismas fuentes cibernéticas que están mal informadas.
Por JeanPierre Contreras, na MIRevista Cultural/Servindi (mais…)
Facebook e seu novo algoritmo: a distopia total
Por que o novo algoritmo converte a rede social mais poderosa do mundo em algo que combina a vigilância total, de George Orwell, com o anestesiamento permanente, de Aldous Huxley?
Por Chris Taylor*, na Mashable – Outras Palavras
Ao se construir uma distopia, é bem difícil deixá-la aos moldes tanto de Orwell quanto de Huxley ao mesmo tempo. Mas, com as mudanças recentemente anunciadas no feed de notícias do Facebook, Mark Zuckerberg parece ter realizado esta façanha. (mais…)
Quando cobramos dos mais ricos, não estamos falando de você
Por Almir Felitte, no Justificando
Em novembro de 2017, escrevi um artigo em que fiz muitas críticas ao relatório do Banco Mundial sobre o Brasil. Um dos problemas que apontei foi a completa falta de sentido e a distorção causada pelo relatório quando se utilizava da composição de classes sociais do país. Não parecia racional, científico, muito menos honesto, atribuir o termo “privilégio” a pessoas que estivessem no 40% mais rico da população, por exemplo. (mais…)
Quem tripudia direitos humanos chama a si mesmo de lixo, por Leonardo Sakamoto
No blog do Sakamoto
Direitos humanos dizem respeito à garantia de não ser assaltado e morto, de professar a religião que quiser, de abrir um negócio, de ter uma moradia, de não morrer de fome, de poder votar e ser votado, de não ser escravizado, de poder pensar e falar livremente, de não ser preso e morto arbitrariamente pelo Estado, de não ser molestado por sua orientação sexual, identidade, origem ou cor de pele. Mas devido à deformação provocada por políticos escandalosos, líderes espirituais duvidosos e formadores de opinião ruidosos, a população acha que direitos humanos dizem respeito apenas a ”direito de bandido”, esquecendo que o mínimo de dignidade e liberdade do qual desfrutam estão neles previstos. (mais…)