Movimento Negro Unificado completa 45 anos de luta contra o racismo

Luta envolve aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais

Por Ludmilla Souza, na Agência Brasil

O Movimento Negro Unificado (MNU) completou esta semana 45 anos de história de lutas em defesa do povo negro em todos os aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais. O próprio lançamento público foi histórico: o ato de fundação do MNU, em 7 de julho de 1978, reuniu mais de duas mil pessoas em frente às escadarias do Theatro Municipal de São Paulo, em plena Ditadura Civil-Militar (1964-1985), cena que entrou para a história do país. (mais…)

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WikiFavelas: Como as favelas pensam o racismo

No Dicionário Marielle Franco relatos de moradores das periferias sobre a questão racial. Para quem vive na pele, preconceito vê classe, CEP e religião – e no agir das polícias. A escola, atravessada pela cultura negra, pode ser lugar de conscientização

por Gracilene Firmino e Amanda Botelho, em Outras Palavras

Manifestações de racismo têm ocorrido, com frequência assustadora, em diversos cantos do mundo, evidenciando a presença inequívoca da discriminação que se perpetua e reproduz desde as situações menos evidentes do dia a dia até os gritos escancarados de torcidas que ecoam em grandes estádios de futebol. No Brasil, só nos dois primeiros meses de 2023, houve 1.433 violações registradas, mais do que o dobro de denúncias feitas no primeiro semestre de 2022. Diante desse contexto, fica a interrogação: o aumento do números de casos conhecidos de racismo seria um indicador positivo da existência de mecanismos mais eficazes de registro de casos antes não notificados ou, de fato, a conjuntura política nos últimos anos contribuiu para o encorajamento de práticas e comportamentos racistas? Se considerarmos estes números alarmantes, existe realmente um complicador: não há padronização nos registros de casos de discriminação racial no Brasil; cada estado trata o racismo de forma diferente e tem métodos próprios de registrar. A falta de normatização desses dados pode levar à subnotificação e, consequentemente, à dificuldade de estabelecer políticas públicas de combate aos crimes de racismo e injúria racial. (mais…)

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O mundo não ficou chato, o mundo melhorou. Por Nina Lemos

Racismo e piadas contra minorias não são mais aceitas. Acredito que a maioria de nós entendeu, finalmente, que rir da dor dos outros não tem graça

em DW

“O mundo está muito chato. Não posso nem fazer piada que logo vem esse pessoal do mimimi reclamar.” Você já deve ter se deparado com frases assim, que inundam as redes sociais e os comentários em portais, onde muitas pessoas manifestam nostalgia do que para elas foram “bons tempos”. No caso, décadas atrás, quando muita coisa errada era considerada “de boa”. (mais…)

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Quem sente prazer em ser racista? Por Ynaê Lopes dos Santos

Para muita gente, ser racista é um divertimento, e essas risadas são profundamente perigosas. Vivemos em um mundo doente, e quem segue pagando a conta são os negros e negras.

DW

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Lições de Florestan para o antirracismo radical

Um dos principais intérpretes do Brasil, o sociólogo viu a emancipação social dos negros, fruto de sua própria luta e coragem, como “pedra de toque da revolução democrática brasileira”. E anteviu: “a solução gradual não levará a nada”

por Ronaldo Tadeu de Souza, em Outras Palavras

Os casos de violência contra negros e negras abundam na sociedade brasileira contemporânea – e esse fenômeno parece ter se intensificado com o governo de Bolsonaro e seu projeto de país. São dos mais variados. Verbais, xingamentos, preconceito e discriminações sutis e veladas, agressões físicas, extermínio pela polícia militar de todos Estados da federação, fome, falta de emprego e morte pela pandemia da Covid-19. E em todos os lugares, nas casas parlamentares, na recepção de edifícios particulares e comerciais, no transporte público, na rua, na praia, no emprego e nas residências da elite. Ainda assim, houve mudanças significativas na situação do negro nos últimos anos. Ascensão e mobilidade social, acesso a profissões destinadas outrora para as elites (medicina, engenharia, arquitetura, moda, ensino superior universitário público, comunicação e psicologia), melhor moradia, aquisição de bens de consumo com certa sofisticação e construção de autoestima (subjetividade orgulhosa de si). Como é possível a convivência desses dois Brasis? Da existência se dois momentos e/ou grupos negros relativamente distintos? Nesse aspecto, novamente a obra e o pensamento social e político de Florestan Fernandes podem nos apresentar algumas flechas retiradas da aljava da sociologia rigorosa e engajada para nos auxiliar a entender esse fenômeno. (mais…)

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Educação antirracista: “É Tudo Pra Ontem”

Trabalhar a temática étnico-racial em escolas públicas é um desafio. Reaprender o contexto histórico da formação do povo brasileiro – especialmente a contribuição dos africanos – precisa ser um compromisso dos educadores

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Você pode ser o que quiser, contanto que seja branco. Por Ynaê Lopes dos Santos

Indignação causada por atrizes negras interpretando Cleópatra e Ariel mostra que nem o mundo real nem o universo do “era uma vez” estão livres das amarras impostas pelo racismo

em DW

Uma das polêmicas que sacudiu as redes sociais nos últimos dias teve no seu epicentro uma série da Netflix. Um advogado egípcio estaria processando a plataforma de streaming por conta de Rainha Cleópatra, que conta com Jada Pinkett Smith na produção executiva. A razão do processo e de centenas de ofensas racistas foi a escolha da atriz britânica Adele James para interpretar o papel de Cleópatra. (mais…)

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