Acordo milionário da prefeitura de São Paulo com creches beneficiou amigos de Nunes

Quase todos contratos são do fundador da Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos (Sobei) e do seu sócio

Por Amanda Audi | Edição: Mariama Correia, em Agência Pública

Em agosto do ano passado, a prefeitura de São Paulo decidiu indenizar em R$ 7,1 milhões a Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos (Sobei), que administra 15 creches terceirizadas na cidade. O valor se refere a aluguéis entre 2019 e 2023. Foi um acordo inusitado, porque a prefeitura havia obtido decisão judicial dizendo que ela não tinha obrigação de fazer nenhum pagamento. Mesmo assim, escolheu fazer. O acordo evidencia elos antigos do prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), pré-candidato à reeleição. (mais…)

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PF: Por que a operação de ontem complica Bolsonaro

Surgiram indícios claros de que ABIN paralela, de Ramagem, alimentava as articulações golpistas e as milícias digitais – além de espionar autoridades e jornalistas. Por isso, dados das investigações foram compartilhados. Era isso que o bolsonarismo temia

Por Leonardo Miazzo, em Outras Palavras/CartaCapital

A operação deflagrada nesta quinta-feira 11 pela Polícia Federal na investigação sobre o suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, tem o potencial de deteriorar a situação de Jair Bolsonaro (PL) e de militares de alta patente. (mais…)

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Oi Lula! Não deixe o seu indicado se meter a besta. Por Guilherme Lacerda e Ricardo Berzoini

No Fórum21

Armínio Fraga foi quem fez esta advertência, em mais uma de suas entrevistas à Folha de São Paulo (02/06/2024), chamando a atenção de Lula para não indicar alguém para o BC “que se meta a besta”. Com esta mensagem insolente o ex-presidente do BACEN deixou claro que Lula não pode escolher alguém para o BACEN que desagrade ao mercado. Em outras palavras, a supremacia da decisão não é do Presidente e sim do seleto grupo de formadores de opinião que define a calibragem da política monetária.

Esta manifestação não é isolada. Ela se junta a várias outras no mesmo sentido. O objetivo é claro: enquadrar o atual governo dentro das “quatro linhas“, as quais, para eles, não podem ser ultrapassadas. (mais…)

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Rio Grande do Sul: dialética do lugar e do espaço. Por Luiz Marques

A luta cidadã não é travada numa arena ideal, mas sob o peso das décadas de monetarismo sobre a subjetivação e a cosmovisão do povo

No A Terra é Redonda

Italo Calvino, em As cidades invisíveis, a partir de uma personagem real percorre os meandros do autoconhecimento. Aquilo que fomos ou não no passado é encontrado em cidades que estivemos in situ ou soubemos por estórias contadas ou, inclusive, deixaram de existir. O imperador mongol, que pede a Marco Polo para descrever por onde andou em seu reino, recupera as urbes conquistadas por intermédio da memória e da palavra do viajante veneziano. “Quem comanda a narração não é a voz: é o ouvido”. As poleis e as pessoas revivem nas narrativas que forjam a sua existência no mundo. (mais…)

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Há mais chantagistas que progressistas no Governo Federal. Entrevista especial com Muniz Sodré

Embora vivamos toda a sorte de desafios sociais no enfrentamento ao racismo e à desigualdade a questão do acesso à terra continua sendo a pedra de toque da corrupção e da violência que marcam a história do Brasil

Por: Baleia Comunicação | IHU

Em linhas muito gerais, podemos resumir a história da fundação do Brasil, desde o Império, como a história da aliança entre as classes dirigentes e os militares. O que começa no século XIX, servindo-se de mão de obra escrava, e desemboca no século XXI tendo como alvo as mesmas pessoas, a população marginalizada, empobrecida e negra. Ao longo desta entrevista, realizada por telefone ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, Muniz Sodré passa por aspectos históricos e contemporâneos para entendermos esse enigma chamado Brasil. (mais…)

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O legado de uma década perdida. Por Renato Janine Ribeiro

A esquerda é inteiramente representativa do senso comum de nossa sociedade – tudo de bom que acontece, e tudo de ruim, é só do Presidente

No A Terra é Redonda

1.

Não sou um fã das instituições, quero dizer: não considero que a chave para a democracia esteja nelas. Na verdade, há duas vertentes para se pensar a política moderna – uma é a da ação, outra a da instituição. Desenvolvi este tema em meu livro A sociedade contra o social, de 2000, resumo-o rapidamente aqui. (mais…)

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