Ao longo de um ano, investigamos o modus operandi de Carrefour e Extra-Pão de Açúcar. O que encontramos não são casos isolados, mas violências cotidianas contra trabalhadores e fornecedores
Por Victor Matioli e João Peres, no Joio e o Trigo
Não, não é um caso isolado. A morte de João Alberto Freitas num Carrefour de Porto Alegre é o extremo de um modo de atuação. Nem a rede francesa, nem as outras corporações do setor de supermercados podem alegar que não sabem da existência de quartinhos nas lojas nos quais clientes e trabalhadores são revistados – e, por vezes, algo mais do que revistados. Tampouco os diretores podem ignorar que as terceirizadas responsáveis pela “prevenção de perdas” são especialistas na contratação de policiais militares.
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