Para o professor e pesquisador, a concentração de informação e poder das empresas de tecnologia interdita um processo democrático e de sociabilidade transparente
Por: Baleia Comunicação | IHU
Esta entrevista começa com a seguinte afirmação: “Talvez estejamos vivendo um dos piores momentos da relação entre as tecnologias digitais e a democracia”. O autor da frase é Rafael Evangelista, professor, pesquisador e autor do livro Cultura hacker, cibernética e democracia (Edições Sesc, 2018), que concedeu entrevista por telefone ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. O pano de fundo, que motivou o convite, foi o Hackathon [“maratona” hacker de curta duração] de Elon Musk, que, na prática, é um experimento para criar uma mega-API [API é uma interface de programação de aplicações que permite que diferentes softwares interajam entre si, facilitando a troca de dados, recursos e funcionalidades] onde os dados da população dos Estados Unidos seriam reunidos em um único banco. O desejo, que vem embalado num discurso de maior eficiência, traz riscos iminentes. (mais…)