Conspiração para manter Bolsonaro no poder reforça discussão do papel das Forças Armadas. Entrevista com Ana Penido

No livro ‘Como se faz um militar?’, a cientista política Ana Penido analisa a formação dos militares brasileiros e reforça que existe um abismo entre a caserna e a vida civil no país

A entrevista é de Marcelo Menna Barreto, publicada por Extra Classe, 18-12-2024. No IHU

Uma homenagem da turma de formandos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) ao general da ditatura militar que presidiu o país de 1969 a 1974 é a síntese da distância que separa os militares da sociedade civil e dá bem a dimensão do papel das forças armadas no Brasil. (mais…)

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A chantagem do andar de cima. Por Leda Maria Paulani

Campos Neto cumpriu com bravura covarde sua missão pusilânime de iniciar o movimento de reversão das expectativas positivas que se desenhavam para o cenário econômico sob o governo Lula

A Terra é Redonda

Há exatamente seis meses, em 22 de junho deste ano, publiquei, no site A Terra é Redonda, “Labirinto econômico”, artigo em que me perguntava qual era a hecatombe que fizera as tão alvissareiras expectativas sobre nossa economia dos primeiros quatro meses do ano terem se transformado num cenário sombrio, carregado de funestos prognósticos. (mais…)

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IA, ferramenta da ultradireita? (2)

Não é que a esquerda seja “fraca” em redes sociais. É que estas são programadas para estimular aspectos sombrios da constituição humana, como o individualismo e a conflitividade. Não culpe a tecnologia – mas seus senhores atuais…

por Cristian Arão*, em Outras Palavras

A reeleição de Donald Trump em 2024 não foi apenas um ato político; foi um grito vindo do abismo. A maré de votos que o levou de volta à Casa Branca nasceu de feridas abertas, muitas das quais causadas pelo avanço inexorável de tecnologias como a automação industrial e os algoritmos das redes sociais. Não foi um voto por esperança, mas por revanche. A conjunção de máquinas e algoritmos transformou a economia, destruiu identidades e, com isso, reacendeu as chamas do ressentimento que alimentaram sua vitória. (mais…)

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Sobre o paradoxo do “pobre de direita”… Por Everaldo Fernandez*

Jessé Souza sugere que o fenômeno deve-se a escolhas morais e subjetivas, não econômicas. O racismo culturalizado no Brasil seria chave para entendê-lo. E a materialidade das condições de vida? Sem isto, debate se reduz à intentos de como “falar linguagem do povo”

Em Outras Palavras

“Torcei, virai, mas eis a lei da vida: primeiro, o pão, depois, a moral”
Bertolt Brecht, Ópera dos três vinténs

O pobre de direita é sem dúvida um fenômeno mundial, basta pensar no segundo mandato alcançado por Trump. E, mais, não se trata somente da Argentina governada por Milei ou do Brasil que elegeu Bolsonaro. (mais…)

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14 de dezembro de 2024. Por Tarso Genro

A prisão do general é o ápice da mudança de qualidade da crise de alta intensidade, que vem desde a inquisição medievalista encetada pela república de Curitiba

A Terra é Redonda

O livro do meu amigo Nicolás Sartorius (La democracia expansiva, Anagrama) chegou às minhas mãos nesse 14 de dezembro do ano de 2024. A chegada do livro despertou na minha memória política as coincidências características de uma época: a transição do franquismo para a democracia na Espanha – com a tentativa de golpe do Coronel Tejero – em fevereiro de 1981; a crise final das ditaduras na América Latina, amadurecida no início dos anos 1880; e hoje também a prisão do general Braga Netto – aqui no Brasil – que pode ser um impulso à transição do sórdido militarismo da Guerra Fria para uma profissionalização das nossas Forças Armadas, como ocorreu na Espanha na década de 1980. (mais…)

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Regime “sequestrista”: setores do Congresso agem como organização criminosa. Por Reinaldo Azevedo

No UOL

O Congresso chantageia o país a céu a aberto. Põe a faca no pescoço dos brasileiros e diz: “Ou as emendas ou a vida”. Valentes parlamentares — não todos, é claro! — ameaçam a estabilidades, apostam no impasse, exigem que a Constituição seja violada, cobram que uma decisão unânime do Supremo seja ignorada e, parafraseando Tarcísio de Freitas, anunciam: “Não estamos nem aí…” A recompensa pela pistolagem é boa. Fala-se aqui de muitos bilhões. (mais…)

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A ideologia por trás de negar absorvente e papel higiênico a presidiárias. Por Milly Lacombe

No UOL

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados votou no dia 5 de dezembro contra o projeto de lei que determina que penitenciárias femininas ofereçam absorventes, papel higiênico e fralda infantil para mães acompanhadas dos filhos a mulheres presas. A justificativa dos nobres deputados era a de que gastar com produtos de higiene pessoal de mulheres presas seria fazer mau uso da grana pública.

Um estudo da organização da sociedade civil Justa mostra que os gastos com esses itens seriam irrelevantes para os cofres públicos. Em média, os estados brasileiros usariam 0,01% do orçamento previsto para os presídios se investissem na compra regular de absorventes íntimos para pessoas presas que menstruam. (mais…)

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