Um jornalão amigo do golpismo. Por Danielle Tega

Ao publicar artigo de Bolsonaro, Folha de SP tenta normalizar a ultradireita — assim como fez com o regime militar, dando apoio às perseguições políticas ou chamando-o de “ditabranda”. E até a esquerda institucional cai nessas armadilhas, como mostram dois casos recentes

Em Outras Palavras

“Aceitem a democracia”, diz o título de um “artigo de opinião” publicado no jornal  Folha de São Paulo em 10 de novembro de 2024 pelo golpista e genocida Jair Bolsonaro. Por quais motivos um jornal de tal alcance referendaria tal publicação? “É a tentativa de normalizar a extrema-direita”, comentaram acertadamente colegas nos momentos seguintes à difusão do artigo, trazendo reflexões sobre o contexto político atual, em um quadro global de Mileis, Trumps, Marçais, Bolsonaros e tudo que suas ideias e ações concretizam.
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A modernidade brasileira se ergue entre a digitalização e as ruínas da sociedade industrial. Entrevista especial com Marcio Pochmann

Para o professor, pesquisador e atual presidente do IBGE, um dos nossos maiores desafios é enfrentar o analfabetismo digital, que atinge 3 a cada 4 brasileiros

Por: IHU e Baleia Comunicação

A primeira metade do século XX foi marcada por uma transição econômica nacional que tinha como horizonte a mudança de uma matriz meramente agrária para uma sociedade industrial. A síntese desse projeto, de algum modo, cabe no que se chamou “Era Vargas”, em alusão ao presidente Getúlio Vargas. Tratava-se de um projeto que tinha como objetivo a construção de uma sociedade urbana e industrial. Na década de 1960, João Goulart, o Jango, colocou em pauta as reformas de base, que jamais seriam colocadas em prática. O projeto industrial, com os militares, ganhou um contorno mais dependente, com o financiamento do Fundo Monetário Internacional – FMI, mas, ainda assim, comprometido com a indústria nacional. O começo da ruína do projeto industrial viera com a radicalização do neoliberalismo no Brasil nos anos 1990. (mais…)

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O desprezo pela vida é a política de Guilherme Derrite. Por Paula Nunes

No blog da Boitempo

No dia 6 de novembro de 2024, o Morro São Bento, em Santos, mais uma vez amanheceu chorando. Uma operação policial na noite anterior fez duas vítimas fatais: Gregory, de 17 anos, e Ryan, de 4 anos. Se as balas perdidas não acertassem sempre os mesmos corpos, poderia-se dizer que foi uma trágica coincidência o fato de que, meses antes, em 9 de fevereiro do mesmo ano, o pai de Ryan, Leonel, de 36 anos, tenha sido assassinado pelo mesmo aparato policial no mesmo morro, no contexto da Operação Escudo/Verão. Em apenas um ano, Beatriz, mãe de Ryan e viúva de Leonel, perdeu o marido e o filho para a violência policial. (mais…)

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Sem anistia: a chance de o Brasil mostrar ao mundo como salvar a democracia. Por Jamil Chade

No UOL

Nas próximas semanas, tudo indica que Donald Trump irá dar um indulto aos invasores do Capitólio, enquanto centenas de processos vão ser arquivados. Tudo que existe contra ele por conta de uma suspeita de envolvimento em atos antidemocráticos será abafado. Enquanto isso, grupos extremistas voltam a circular, com um sentimento de revanche.

Vejo ainda como, com recursos públicos, parlamentares brasileiros viajam aos EUA para articular com a extrema direita americana uma aliança para pressionar as instituições brasileiras a partir de falsas narrativas e manipulações. (mais…)

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‘Conteúdo perturbador’: jornal The Guardian decide não publicar mais no X

Segundo veículo, plataforma promove teorias de conspiração da extrema direita e racismo

No Opera Mundi

O jornal britânico The Guardian anunciou nesta quarta-feira (13/11) que deixará de realizar publicações na plataforma X, de Elon Musk, por meio de suas contas oficiais. Em comunicado oficial aos leitores, o veículo justificou a decisão afirmando que verifica na rede social mais “aspectos negativos” do que positivos, além de um “conteúdo frequentemente perturbador” incluindo teorias de conspiração da extrema direita e racismo. (mais…)

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Há uma demanda no Brasil por extremismos de direita que é maior que o bolsonarismo. Entrevista especial com Pedro Telles

Bolsonaro, embora seja uma figura proeminente da extrema-direita no Brasil, agora divide o protagonismo radical com outros personagens capazes de aglutinar anseios que a democracia tem tido cada vez mais dificuldade de atender

Por: IHU e Baleia Comunicação

Nos últimos anos Jair Bolsonaro aglutinou em torno de si os desejos de parte da população que vê no autoritarismo uma saída para as encruzilhadas contemporâneas, mas o bolsonarismo como movimento, viu-se, nas últimas eleições municipais, ameaçado por outros personagens igualmente extremistas. O que está em jogo não é o extremismo em voga, mas o protagonismo do ex-presidente. “Quanto que, de fato, é um movimento liderado por Bolsonaro primariamente ou quanto que ele é um movimento em que o Bolsonaro foi protagonista por um tempo. É mais centralizado em sua liderança ou sequer é mais um movimento, podendo ser mais uma pulsão social que leva a um interesse eleitoral pela extrema-direita, mas que não se configura como movimento?”, questiona Pedro Telles, em entrevista por telefone ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. (mais…)

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Extrema direita ganha espaço com fascínio de teorias da conspiração, diz pesquisador

Paolo Demuru afirma que as narrativas extremistas seduzem ante a dureza da vida na realidade capitalista

Por Por Andrea DiP, Clarissa Levy, Claudia Jardim, Ricardo Terto, Stela Diogo, Agência Pública

As eleições nos Estados Unidos trouxeram Donald Trump de volta à presidência. Em janeiro de 2025, o republicano toma posse de seu segundo mandato após vencer com folga a democrata Kamala Harris, em um resultado que contrariou as previsões de uma disputa acirrada. O retorno de Trump acendeu um alerta sobre o fortalecimento da extrema direita e a estratégia desses movimentos para atrair o público. (mais…)

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