Coronavírus no dia a dia das Favelas, Parte 10: O desafio do isolamento social na Vila Nova Jaguaré, na capital paulista

“A escolha periférica é: ser mais pobre ainda com saúde ou ser pobre sem saúde?”

Por Andreza Rodrigues e Thuane Ainy Campos Barretto, no Rio On Watch

Vila Nova Jaguaré é uma das maiores favelas da cidade de São Paulo em área contínua, e está situada no distrito de Jaguaré, um dos primeiros bairros planejados na Zona Oeste da capital paulista. O bairro foi projetado  na década de 1930 para abrigar o Centro Industrial Jaguaré, que se transformou em um dos principais polos industriais da década de 1970.

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Estratégias das favelas e periferias do Brasil no combate à COVID-19

Por Louise Caroline Gomes Branco

Vivemos dias difíceis. No dia 11 de março, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma pandemia. Diariamente estamos sendo bombardeados de notícias sobre a crescente curva de contágio e um aumento desesperador no número de mortes por COVID-19. As secretarias estaduais de Saúde confirmam hoje (03/05/2020) que são 97.929 casos do novo coronavírus, com 6.777 mortes no Brasil, isso sem falar na subnotificação desses dados, já que o Brasil é um dos países que menos tem realizado testes para verificar o número mais aproximado da realidade sobre as pessoas infectadas. As subnotificações da COVID-19, podem ser refletidas no aumento exponencial do número de mortes por problemas respiratórios. Em março de 2020, foram 2.239 mortes em todo o país. Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz aponta que para cada caso notificado há 15 casos desconhecidos. Faltam testes,  leitos nas UTIS e nos hospitais da rede pública, equipamentos respiradores, ou até mesmo quando tem, não estão disponíveis para uso por falta de manutenção.

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Engenheiro está fazendo impressões 3D de Protetores Faciais para defender sua Comunidade

Esta é a nossa mais recente matéria sobre o novo coronavírus e seus impactos sobre as favelas.

Na Rio On Watch

As impressoras 3D de Lucas Lima ficam ao lado de sua cama, espalhadas sobre sua mesa e em diversas cadeiras de plástico. Das dez impressoras da sua casa no Complexo do Alemão, na Zona Norte, ele próprio construiu sete delas. Se ele deixar duas funcionando boa parte do dia, Lucas consegue produzir por volta de 10-12 protetores faciais por dia.

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Ação Civil Pública em defesa das comunidades de Periferia. Por Elaine Tavares

No Palavras Insurgentes

O Instituo Igentes, junto com a Associação dos Moradores do Frei Damião, entrou com uma Ação Civil Pública contra o município de Palhoça, o Estado de Santa Catarina e a União Federal exigindo ação imediata em defesa da vida dos mais de doze mil moradores da região do bairro Frei Damião. Esse bairro, que é um dos maiores do município, ocupa uma área em torno de 30 mil metros quadrados. Ele foi formado a partir de uma ocupação iniciada ainda na década de 1980. E, apesar de estar localizado bem ao lado do bairro Pedra Branca, próximo a Unisul, o contrataste entre os dois é gigante. 

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Coronavírus no dia a dia das Favelas, Parte 6: Vila Aliança se mobiliza pelo isolamento social

Essa matéria oriunda da Vila Aliança, é a sexta de uma série sobre o impacto da pandemia do coronavírus no dia a dia das favelas, em parceria com o Centro Behner Stiefel de Estudos Brasileiros da Universidade Estadual de San Diego.

Por Waldemir Correa, no Rio On Watch

Sou Waldemir Correa, mobilizador cultural e idealizador do Núcleo Sociocultural Caixa de Surpresa, na favela Vila Aliança, em BanguZona Oeste do Rio de Janeiro. Atualmente, estamos vivenciando um momento único em nossa favela com o avanço da pandemia do novo coronavírus. No início, nossa comunidade, e acredito que todas as outras, não estava percebendo a gravidade da pandemia.

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A Coronacrise e as emergências nas cidades. Por Ermínia Maricato*

Aparentemente, a grande mídia descobriu que aproximadamente 12 milhões de pessoas vivem em favelas no Brasil, mas ela desconhece que o número de domicílios em favelas é subdimensionado

Por BrCidades

Essa pandemia está apenas em seu início e não sabemos as dimensões e impactos que irá atingir. Segundo projeções do Imperial College London, vamos ter mais de 11 milhões de infectados no Brasil no cenário mais otimista, isto é, com a continuidade do isolamento social tal como está relativamente instituído.  Não conheço a metodologia do levantamento e não sei se a entidade que calculou conhece nossa realidade. Uso apenas como um dado relativo. Saúde e economia em colapso é o mínimo que podemos esperar, ainda mais considerando a crise de comando e liderança na condução dos destinos do país.

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“É preciso que o recurso de 600 reais chegue hoje”. Entrevista especial com Sonia Fleury

Cada favela precisa de um plano emergencial específico, segundo suas especificidades, diz a pesquisadora

Por João Vitor Santos e Patricia Fachin, em IHU On-Line

O coronavoucher de 600 reais para os trabalhadores informais, autônomos e intermitentes, como ficou conhecido o pagamento do auxílio emergencial que será feito pelo governo federal, “pode chegar às pessoas das comunidades, mas para ser operacionalizado, ele requer uma burocracia que pode retardar o recebimento e talvez seja tarde demais”, adverte a cientista política Sonia Fleury. Para ela, a melhor maneira de suprir as necessidades financeiras desses trabalhadores é através de uma renda mínima que possa ser garantida imediatamente. “Um economista liberal disse que deveriam estar jogando dinheiro de helicóptero. É mais ou menos isso; não dá para pensar agora em mecanismos burocráticos, porque as pessoas não têm como prover a renda. Na favela, as pessoas costumam dizer que se vende o almoço para comprar a janta. Se a pessoa não trabalhar, não tem o que comer e isso já está acontecendo”, afirma.

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