Manifesto de mulheres feministas e antirracistas reivindica política de cuidados contra desigualdades e baseada no Bem Viver

Fórum Feminista Antirracisa reivindica em manifesto: planos do Estado para o Cuidado precisam ser estruturantes, e não assistencialistas; devem ter as mulheres no centro das reflexões e decisões; e requerem ampla participação popular

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Mais de três dezenas de entidades, representantes de movimentos sociais, feministas, antirracistas, reunidas no Fórum Feminista Antirracista, construíram um manifesto em defesa de uma Política Nacional de Cuidados que enfrente as desigualdades, pautada no Bem Viver. No manifesto, reafirmam a urgência de políticas públicas estruturantes, de qualidade e ao alcance prioritário das milhões de pessoas jogadas na pobreza pelo capitalismo extrativista, pela injusta divisão sexual e racial do trabalho, que impõem a miséria às mulheres negras, trabalhadoras e periféricas. (mais…)

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Os caminhos e a atualidade do feminismo negro

No Brasil, o movimento deglutiu experiências internacionais e resistências ao colonialismo. Ganhou robustez com as ideias Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro. E forjou sua teoria e prática na presença: em terreiros, quilombos, periferias…

Por Carolina dos Santos Bezerra Perez, na Revista Cult / Outras Palavras

Peço licença às minhas mais velhas
Ofereço o meu abraço àquelas que estão ao meu lado
Desejo que as mais novas não tenham que ser guerreiras e fortes como nós
Que tenham amor, proteção, apoio e cuidado por onde forem e para o que quiserem ser. (mais…)

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É pecado ser feminista?

“É pecado votar? É pecado ser dona de sua própria terra/casa? É pecado ter igualdade jurídica em relação aos homens?”, questiona a Coluna Aromas de Março deste mês

Por Valéria Cristina Vilhena*, na Página do MST

É pecado votar? É pecado ser dona de sua própria terra/casa? É pecado ter igualdade jurídica em relação aos homens? E a licença-maternidade de 120 dias é pecado? Criminalizar as violências contra as mulheres, seria pecado também? É pecado acessar, como os homens, o mercado de trabalho? E ter direitos civis, sociais e econômicos, seria pecado também? É pecado ter direito de educar e cuidar dos filhos, compartilhando do pátrio poder podendo requerer/ficar com a guarda em caso de separação? A maioria dessas conquistas, nós mulheres só obtivemos ou efetivamos, a partir da incorporação desses direitos à Constituição Federal, de 1988. (mais…)

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A política radical de Nina Simone

Nina Simone, que morreu neste dia em 2003, é frequentemente lembrada por seu envolvimento no Movimento dos Direitos Civis — mas ela também era uma socialista que via a revolução como o caminho para a verdadeira igualdade.

POR CHARDINE TAYLOR-STONE*, em Jacobin

“Nunca conversamos sobre homens ou roupas. Sempre foi Marx, Lenin e revolução — conversa de garotas de verdade.”, disse uma vez a cantora Nina Simone. A observação da cantora sobre não discutir moda, mas ‘Marx, Lenin e a revolução’ oferece um vislumbre da vida política diária de Simone, longe de sua história mais conhecida como ativista dos direitos civis e musicista. (mais…)

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Aborto: por que o Brasil não consegue avançar

Em debate sobre direitos reprodutivos organizado pelo Cebes, a constatação de que o país dá passos para trás. Mudar o rumo e garantir a saúde e a dignidade às mulheres exige entender suas particularidades e romper com preconceitos patriarcais

por Gabriel Brito, em Outra Saúde

Em meio a toda a cacofonia de sentidos e valores com a qual o bolsonarismo impregnou a sociedade brasileira, os prejuízos práticos da pauta moral caíram com muita força sobre os ombros das mulheres. Mais vulneráveis, elas pagaram o preço do desmonte de políticas públicas fundamentais, muitas vezes com suas próprias vidas – o que fica claro na revelação do aumento das mortes maternas no Brasil. Aliado a isso, um discurso ultraconservador fez retroceder até os direitos já conquistados, em especial no âmbito sexual e reprodutivo. (mais…)

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Nancy Fraser busca o mapa do Pós-Capitalismo

Sistema vive uma de suas crises mais profundas, diz a filósofa — por isso, há riscos de fascismo e chances de transformação. Mas elas só vingarão se for possível, a tempo, passar das pequenas revoltas a um amplo projeto de novas relações sociais

Nancy Fraser em entrevista a Anne Strainchamps para o Wisconsin Public Radio | Tradução: Maurício Ayer, em Outras Palavras

A história do nosso tempo é uma novela de crises sobrepostas: mudança climática, pandemia, turbulência econômica, guerra, violência racial e muito mais. A filósofa Nancy Fraser chama essa condição de “tempestade perfeita da irracionalidade e injustiça do capitalismo”. Trata-se de um momento que ela vem prevendo – e até esperando – há muito tempo. (mais…)

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Câmara: um nome que esconde as deputadas

Casa legislativa brasileira traz a marca do patriarcado em sua nomenclatura oficial, o que reflete o baixo percentual de mulheres eleitas. Rebatizá-la será parte do processo de reconstrução nacional. Chile mostra a força deste ato político

Por Juliana Romão, em Outras Palavras

Fevereiro abre ano legislativo e nacionalmente parlamentares tomam posse dos mandatos num Congresso em reabilitação pós-destruição dos atentados antidemocráticos da extrema-direita.  Entre as tantas urgências a deliberar, uma que toca o plano linguístico e, apesar de mais silenciosa, é também uma emergência democratizadora. Trato da re-nomeação da constitucionalmente chamada Câmara dos Deputados para Câmara Federal ou Câmara das Deputadas e dos Deputados, tema inadiável e entrelaçado ao simbolismo do Brasil real que subiu a rampa do Planalto inaugurando 2023. Uma oportunidade histórica.  (mais…)

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