Os afetos e o cuidar de si e dos outros não são lugar de submissão das mulheres, mas chave para novas lutas e processos emancipatórios. Diante do horror bolsonarista, sangue frio e coração quente são essenciais para enfrentar incertezas, lutos e fomes
Por CFEMEA
Desde que a pandemia se instalou, em 2020, nos demos conta da vertiginosa mudança que o distanciamento social, envolto na crise paradigmática, nos atirava enquanto ativistas, tanto do ponto de vista pessoal, quanto político. A linha de ação para o autocuidado e cuidado coletivo que o CFEMEA vinha desenvolvendo até então precisou se refazer, se adequar, ousar experimentar alternativas que fortalecessem a capacidade de resiliência pessoal e coletiva de uma militância aguerrida, feminista, popular, antirracista e anticapitalista. Outros recursos, outros encontros, novas trilhas, desde então vieram sendo traçadas, para criar oportunidades para que cada um@ pudesse cuidar melhor de si e que o cuidado entre ativistas se efetivasse. Novos espaços além dos presenciais foram criados para que a nossa presença no mundo, aqui e agora, seja força de resistência macropolítica e, ao mesmo tempo, possibilidade de transformação, no plano micropolítico. (mais…)
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