Internacional Antifeminista, uma radiografia

Por que a cruzada contra dissidências sexuais é chave para o projeto político da ultradireita global? Como ela constrói alianças e infiltra-se até em organizações de Direitos Humanos? Qual pode ser a resposta das esquerdas, até agora inerte?

Por Núria Alabao, no CTXT | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras

As guerras de gênero tornaram-se globalizadas e são impulsionadas por um poderoso movimento social, político e religioso transnacional. Com “guerras de gênero” fazemos referência aqui a conflitos políticos e culturais que se centram em questões de gênero e sexualidade – questões como os direitos sexuais e reprodutivos, os direitos de dissidência sexual, a educação sexual ou a violência de gênero, entre outros. É claro que estas batalhas não são meras cortinas de fumaça, mas inerentes à luta pelo poder e aos interesses dos projetos políticos que as impulsionam, que, em última análise, são funcionais para uma relegitimação das hierarquias de classe, gênero e raça. (mais…)

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Muita gente tenta calar Judith Butler

Por Equipe Boitempo

Há 8 semanas fomos surpreendidos por uma decisão judicial (que corria em segredo de justiça) autorizando o recolhimento de todos os exemplares de Quem tem medo do gênero?, de Judith Butler, do nosso estoque e exigindo a sua retirada imediata de todas as livrarias do Brasil. O pretexto foi a reprodução, na capa interna da obra (com detalhe destacado na frente, em cor rebaixada) de uma foto tirada em manifestação contrária à autora durante sua última vinda ao país. Nessa imagem, devidamente creditada e com direitos livres, uma manifestante segurava cartaz com dizeres antigênero. Uma das ilustrações utilizadas no cartaz era do personagem “Quico” – desconhecido por nós e toda a torcida do Flamengo – cuja propriedade é reivindicada pela Casa Publicadora Brasileira. (mais…)

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Políticas para mulheres: em busca de uma nova etapa

Verba para programas como Bolsa Família são importantes, mas reduzir a desigualdade exigirá mais. Movimento feminista começa a despertar para essa lacuna. É preciso olhar para dados de violência, desigualdade salarial e participação na política

por 

O fato de haver uma ou mais políticas públicas com perspectiva de gênero nem sempre significa que determinado programa ou ação governamental dispõe de recursos financeiros suficientes para pôr seu planejamento em prática e impactar concretamente a vida das mulheres. (mais…)

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A luta feminista na Saúde, segundo oito mulheres

Garantia de saúde integral, oferta de creches públicas, programas de renda básica voltados a elas, ampliação da licença paternidade, salário digno, direitos ao aborto seguro e à menstruação com dignidade. Leia as reivindicações feitas neste Dia Internacional

por Gabriel Brito, em Outra Saúde

Neste 8 de março, o Outra Saúde perguntou para oito mulheres de diferentes áreas o que esperam de avanços para o setor da saúde e, por extensão, o conjunto de seus direitos. Afinal, num mundo em crise permanente, desigualdade, violência e uma política sequestrada por oligarquias, são as mulheres quem paga o maior preço. Elas trabalham mais, ganham menos e, em diversas dimensões, sofrem mais. (mais…)

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Judith Butler: Quem tem medo do gênero?

O fantasma, agitado pelo fascismo, virou álibi para restaurar a hierarquia patriarcal e destruir quem busca viver em liberdade. A tarefa é enfrentar o sadismo moral disfarçado de moralidade, por meio de uma visão ética e política transformadora

Por Judith Butlher, em Outras Palavras

O gênero faz parte do feminismo há muitas décadas. Quando nós, feministas, levantamos a questão “O que é uma mulher?”, estamos reconhecendo desde o início que o significado dessa categoria permanece incerto e até enigmático. O gênero é, em uma definição mínima, a rubrica sob a qual consideramos as mudanças na forma como homens, mulheres e outras categorias afins têm sido compreendidas. Por isso, quando levantamos questões sobre homens, mulheres ou categorias de gênero que se afastam do binário, ou quando perguntamos sobre o que acontece no espaço entre essas categorias, estamos nos envolvendo em uma investigação sobre gênero. A pergunta “O que é uma mulher?” ou a questão psicanalítica “O que quer uma mulher?” foram levantadas e comentadas de tantas maneiras que, em algum momento, simplesmente aceitamos que essa categoria é aberta, sujeita a interpretação e discussão perpétuas, tanto na academia quanto no discurso público. (mais…)

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Organizações da sociedade civil pedem equidade de gênero, raça e classe na COP30

Manifesto pede que a diversidade de gênero, raça e classe de participantes seja respeitada tanto durante a organização do evento no Pará quanto nas negociações.

ClimaInfo

As conferências anuais do clima da ONU, embora atraiam milhares de pessoas de diferentes gêneros, raças e classes, não costumam ser marcadas por um equilíbrio de forças nos debates sobre as mudanças climáticas. As corporações vêm ganhando cada vez mais espaço, e mesmo segmentos econômicos que são os principais responsáveis pela crise climática, como o de combustíveis fósseis, conseguem mais espaço do que setores da sociedade civil diretamente atingidos pelos problemas climáticos. (mais…)

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MPF produz nota técnica sobre discriminação de gênero e violações de direitos humanos por empresas

Documento da PFDC deve contribuir com elaboração de protocolo específico para atuação do Ministério Público pelo CNMP

Na PFDC

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), elaborou nota técnica na qual aborda questões de discriminação de gênero em violações de direitos humanos por empresas. O documento deve contribuir com a elaboração do Protocolo para Atuação do Ministério Público com Perspectiva de Gênero, atualmente em fase de discussão no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). (mais…)

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