Cinema que escuta, cinema que diz: para conhecer a obra de Eduardo Coutinho

Por Diogo Dias, no blog da Boitempo

O nome de Eduardo Coutinho circula entre os cinéfilos, estudiosos e interessados em cinema documental com facilidade. Ele é reconhecido internacionalmente pelos seus trabalhos, porém, torna-se um estranho quando se fala do grande público. As razões são várias, mas podemos imaginar que o espectador brasileiro — e talvez o espectador em geral — tende majoritariamente a não levar o documentário tão em conta quanto o cinema de ficção. O desnível de prestígio entre o cinema narrativo de ficção e o documentário é um obstáculo que Coutinho nos ajuda a superar. (mais…)

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Eduardo Galeano, o caçador de histórias

Escritor uruguaio, morto há dez anos, realçava o encantamento das pequenas coisas que mostram a grandeza da vida. Assim, ele buscava “as pegadas da memória perdida” – em fábulas, relatos pessoais e lutas do passado. Inspirava a decifrar-nos: como sujeitos e coletividade

por Matheus Silveira de Souza, Outras Palavras

Os seres humanos são feitos não só de matéria, sangue, carne, crenças e afetos, mas também de histórias. Histórias coletivas, compartilhadas. Narrativas que, ao serem passadas de geração em geração, mantêm viva a memória dos que já foram. Mas há uma imensidão de micro histórias perdidas nos fios que tecem o tempo, e ao serem redescobertas e transmitidas, servem de resistência contra o esquecimento e o desencantamento da vida. Em 2025, data que marca 10 anos da partida de Eduardo Galeano, revisitar sua obra pode ser uma boa estratégia para resgatarmos histórias que estavam desbotadas em nossa memória coletiva. Afinal de contas, esse foi o ofício de Galeano durante sua vida. (mais…)

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Oswald, biografia de um deglutidor de mundos

Lira Neto, célebre biógrafo de Getúlio, aborda em novo livro a vida do polêmico escritor. Sua origem burguesa. A guinada ao modernismo. As brigas com a esquerda ortodoxa. Suas amizades e amores conturbados… E seu grande legado: a antropofagia

Por Lira Neto em entrevista a Victor Kutz, na Cult

“Anárquico”, “iconoclasta”, o gênio difícil do escritor paulistano Oswald de Andrade continua intrigando críticos e encantando leitores na mesma medida em que encarna grande parte do pensamento revolucionário do século 20 nas artes e na cultura. (mais…)

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Mujica informa que el cáncer se expandió por su cuerpo; “hasta acá llegué”, dice, y se despide de sus “compatriotas”

“Lo que pido es que me dejen tranquilo. Que no me pidan más entrevistas ni nada más. Ya terminó mi ciclo. Sinceramente, me estoy muriendo. Y el guerrero tiene derecho a su descanso”

No Búsqueda

José Mujica está sentado en el sillón del living de su chacra en Rincón del Cerro. Desde ese mismo asiento dio varias entrevistas en las últimas semanas, y decenas en los últimos años a los medios más prestigiosos del mundo y a los de países remotos interesados en su figura. Esta vez el diálogo empieza por el final. “Me estoy muriendo”, dice.

Sus ojos están llenos de lágrimas. A unos metros de distancia, cocina su esposa, Lucía Topolansky, en silencio, aunque se la nota muy afligida. Antes de mediar palabra, Mujica continúa con la explicación que le dieron los médicos:

“El cáncer en el esófago (que anunció que tenía el 29 de abril de 2024) me está colonizando el hígado. No lo paro con nada. ¿Por qué? Porque soy un anciano y porque tengo dos enfermedades crónicas. No me cabe ni un tratamiento bioquímico ni la cirugía porque mi cuerpo no lo aguanta”.

 

 

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Maria da Conceição Tavares. Por Paulo Nogueira Batista Jr.

No A Terra é Redonda

A comoção provocada pela morte de Maria da Conceição Tavares é mais uma demonstração da força incontrastável da sua personalidade vulcânica. Ela impressionava não só pelo seu conhecimento e inteligência, mas também – e nisso era insuperável – pela verve e eloquência.

O Brasil teve dois grandes oradores nas décadas recentes – ela e Leonel Brizola. Quando Conceição Tavares pegava a palavra – e especialmente quando conseguia conter um pouco seus rompantes – ela brilhava intensamente e deixava marcas inesquecíveis. (mais…)

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UFRJ: Adeus a Maria da Conceição de Almeida Tavares

Professora emérita de Economia, Tavares formou diversas gerações e nomes como José Serra, Luciano Coutinho e Luiz Gonzaga Belluzzo 

A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) comunica com pesar o falecimento da professora emérita do Instituto de Economia Maria da Conceição de Almeida Tavares, aos 94 anos. A economista, matemática e escritora luso-brasileira teve relevante papel na política e na economia do país. Ao longo de sua carreira, Maria da Conceição Tavares formou e influenciou inúmeros economistas e líderes políticos, entre eles José Serra, Luciano Coutinho e Luiz Gonzaga Belluzzo. (mais…)

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