Como a ditadura militarizou as polícias para organizar a repressão. Por Almir Felitte

O golpe em 1964 militarizou a política brasileira, mas também a polícia e, consequentemente, a repressão contra trabalhadores, democratas, estudantes, artistas e intelectuais. Hoje, o grande problema é que todo este aparato autoritário não foi desfeito com a redemocratização – pelo contrário, fortalecendo os setores mais golpistas do Exército.

Na Jacobin

Muito se repete que a Polícia Militar (PM) nasceu nos tempos da ditadura civil-militar iniciada em 1964. A afirmação não é correta, mas tem um certo fundo de verdade que é plenamente compreensível. A origem das PMs no Brasil tem uma relação muito mais profunda com o período de passagem do país de uma economia escravista para uma economia baseada na mão de obra livre lá no século XIX, e na consequente preocupação das elites brasileiras com o controle desse proletariado, sobretudo, o proletariado negro. (mais…)

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Funai defende anistia para todos os povos indígenas do Brasil por danos causados pela ditadura militar

Na Funai

A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, destacou nesta terça-feira (2), a importância da reparação coletiva do Estado brasileiro aos danos causados pela ditadura militar aos povos Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, e Krenak, de Minas Gerais. E também a importância de mais povos indígenas serem visibilizados, não apenas em relatórios, mas de maneira que a política indigenista seja de fato implementada porque todos merecem justiça social, ambiental e territorial. (mais…)

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Comissão de Anistia concede 1ª reparação coletiva, e Brasil pede desculpas a indígenas Krenak por crimes na ditadura

Grupo foi perseguido, torturado e expulso de suas terras – crimes reconhecidos pela Comissão Nacional da Verdade. Comissão deve analisar pedido semelhante dos Guyraroká (MS).

Por Marcela Cunha, Isabella Formiga, Mateus Rodrigues, Kellen Barreto, TV Globo e g1

A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos analisou nesta terça-feira (2) os primeiros pedidos de reparação coletiva da história do país. (mais…)

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Abuso sexual, tortura e demissões arbitrárias, o papel da Belgo-Mineira na ditadura

103 trabalhadores sofreram violações e médico da empresa participou de tortura de mulheres no Doi-Codi de MG

Por Marcelo Oliveira, Agência Pública

João Monlevade era o nome do dono de uma fazenda na cidade de Rio Piracicaba, Minas Gerais, localizada a 115 km da nova capital, Belo Horizonte. A área foi adquirida pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira na década de 1930, para que ali fosse construída a usina de Barbanson, inaugurada em 1937. Como não havia nada lá, a companhia teve que erguer uma cidade para seus funcionários, que recebeu o nome do antigo dono das terras e passou a explorar ali uma mina de extração de minério de ferro, abundante na região. (mais…)

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Jogou pôquer e foi explodir o Riocentro: Wilson Machado, o fantasma vivo da ditadura

Perfil remonta o que se sabe sobre a única testemunha militar viva do atentado a bomba no Riocentro durante a ditadura

Por Alice Maciel, Agência Pública

Na noite do dia 29 de abril de 1981, a estudante Luciana (nome fictício), então com 28 anos, recebeu alguns amigos em casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. O grupo costumava se reunir às quartas-feiras para jogar pôquer. O assunto daquela noite era o grande evento que ocorreria no dia seguinte no Centro de Convenções Riocentro, em comemoração ao Dia do Trabalhador. Luciana estava animada com a possibilidade de ver muitos dos artistas que admirava e comentou que havia combinado de ir ao show com um grupo de amigas. O que ela não sabia era que ao seu lado estava um dos militares que levariam uma bomba até o local: o então capitão Wilson Luiz Chaves Machado. (mais…)

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A greve dos boias-frias de Guariba que desafiou usineiros e policiais na ditadura militar

Há 40 anos, trabalhadores da cana-de-açúcar desafiaram donos de usinas e PMs – e venceram

Por Rafael Custódio, Agência Pública

“Desceu a ordem do governador na época, o [Franco] Montoro, para acabar com a greve não importava como.” Assim relembra Wilson Silva, presidente do Sindicato dos Empregados Rurais da pacata Guariba, no interior paulista. A greve, no caso, era um feito histórico: em maio de 1984, cerca de 7 mil trabalhadores do corte de cana-de-açúcar, os chamados “boias-frias”, cruzaram os braços e se levantaram contra usineiros em plena ditadura militar. (mais…)

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Escolas foram usadas para difundir ideologia autoritária na ditadura

Censura e perseguição a alunos e professores também marcaram período

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

Edson Luís, Ismael Silva de Jesus, Nilda Carvalho Cunha, Helenira Resende, Honestino Guimarães, Ana Kucinski, Vladimir Herzog. Esses são apenas alguns dos estudantes e professores que foram perseguidos e assassinados pela ditadura militar no Brasil, que teve, na educação, um dos principais braços da repressão. Nesse período, entre 1964 e 1985, disciplinas obrigatórias foram criadas com o objetivo de difundir a ideologia do regime e houve uma precarização do ensino e das escolas, com desvalorização salarial dos professores e falta de infraestrutura, além de censura e perseguições a professores e estudantes. O cenário é descrito por especialistas e pesquisadores entrevistados pela Agência Brasil. (mais…)

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