Faltava este mapa para enxergar as lutas da Saúde

Fiocruz, Ministério e Conselho Nacional de Saúde colocam no ar ferramenta colaborativa que permite visualizar os movimentos em favor do SUS – além de permitir-lhes interagir. Sinal de que a internet segue em disputa e vai muito além das redes sociais

por Gabriela Leite, em Outra Saúde

Não é possível pensar na reconstrução da democracia no Brasil sem considerar o evidente papel que tem a internet, hoje, no debate público. Nos últimos anos, na verdade, ela tem contribuído mais com a sua degradação – em especial por estar arquitetada, com base em grandes plataformas ultacapitalistas cujo objetivo é o lucro a qualquer custo. Por isso, vem em boa hora a notícia do lançamento do Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde, na última quinta-feira (12/9). Trata-se de uma ferramenta coletiva que se apresenta como um contraponto à lógica individualista das redes sociais. (mais…)

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SP: A periferia aposta no poder comunitário

Na região mais populosa da capital, Fórum Social da Zona Leste congrega movimentos populares e propõe: diante da crise da democracia, luta política deve ser feita no “chão das periferias”. Evento neste sábado (22) debate a precarização e justiça social

Outras Palavras

Uma iniciativa instigante nasceu na periferia paulistana. Desde julho de 2022, o Fórum Social da Zona Leste estimula a população a debater os desafios da região mais populosa de São Paulo, com 4 milhões de habitantes (34,9% do total), de acordo com o Censo de 2022. A inspiração foi o ativismo comunitário do padre Chicão, religioso morto em 2021 que atuou em diversas frentes políticas — da defesa da maconha medicinal ao do direito à moradia digna . O objetivo do Fórum é fomentar uma “efervescência política” na Leste, reunindo moradores, movimentos populares e lideranças comunitárias para pensar a crise socioeconômica – e pontar saídas para superá-la. (mais…)

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Sobre autonomia de movimentos sociais frente aos partidos

Surge na periferia paulistana nova convergência de lutas, que se reivindica autônoma. Ela bebe de uma longa tradição, que atravessou o marxismo e no Brasil envolve anarquistas, comunistas, PT e 2013. O governo Lula deveria saudá-la

por Rudá Ricci, em Outras Palavras

Nos últimos dias, as periferias da cidade de São Paulo se movimentaram. Na quarta-feira, dia 4 de maio, ocorreu um encontro de lideranças de todos os cantos da cidade na Câmara Municipal da capital paulista. Rapidamente, o tema da autonomia frente aos partidos políticos ressurgiu. (mais…)

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Quando a utopia parecia estar ali na esquina

Mesmo sem estratégia, Junho de 2013 mostrou que parte das esquerdas precisavam sair da pequena política e de gabinetes – e lutar como quem sonha. E, para aqueles que, brutalizados, e dormem pouco e mal, todo lampejo de sonho vale a pena

por Rodrigo Castelo, em Outras Palavras

O título O gigante acordou? A quebrada nunca dormiu: impressões sobre Junho 2013 foi uma proposta da equipe do Sesc Campo Limpo prontamente acolhida pela curadoria do evento, formada por Fernanda Almeida e por mim. É um título muito sugestivo e me levantou uma questão para ser o fio condutor desse bate-papo com o público aqui presente. (mais…)

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Gilberto Carvalho: Sem dialogar com as massas, o risco é “repetir 2013 e 2016”

Brasil que sai das eleições “não tem boa cara”, diz ex-ministro de Lula

Por Marina Amaral, Agência Pública

Fundador do PT e um dos amigos mais próximos de Lula, o filósofo e cientista político Gilberto Carvalho se tornou conhecido por seu papel de articulador entre os movimentos sociais e a sociedade civil organizada nos governos Lula e Dilma. Ex-ministro de ambos, Gilberto diz que está acompanhando Lula no processo de transição, mas jura que não vai para o novo governo “embora seja uma tentação enorme”; ele diz que prefere atuar como interface entre o PT e o governo no projeto que considera o mais importante do momento: a educação popular, nos moldes de Paulo Freire, para estimular a participação social das parcelas não organizadas da população. (mais…)

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A soberania digital a partir dos movimentos sociais

Não existe soberania digital sem acesso significativo a internet, sem ciência, tecnologia e sabedoria popular, sem uma educação digital freireana. Um letramento de tecnologias emergentes que crie condições de aprendizado baseadas na realidade dos territórios, que estimule o pensamento crítico, como no uso de dados pessoais como ativos valiosos pelas grandes corporações, ao passo que instrumentalize os trabalhadores e trabalhadoras do século XXI.

Por Núcleo de Tecnologia do MTST, no Blog da Boitempo

“Se o povo soubesse o talento que ele tem, não aturava desaforo de ninguém”
– palavras de ordem comuns em atos de esquerda, adaptadas da música Pedro e Tereza, da cantora Teresa Cristina

Recentemente tem aparecido na literatura acadêmica – tais como Couturre, Pohle e Thiel, e Süß, bem como nos discursos políticos, a ideia de soberania digital. Contudo, do que se trata essa soberania digital? O que queremos promover com a ideia de soberania digital? Quem queremos proteger? Por quê? (mais…)

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A utopia, a história e o desafio de governar. Por José Luís Fiori

Se retornar ao governo no Brasil, a esquerda estará de novo diante de um dilema. Como gerir produção e Estado capitalistas, orientando-os para fins socializantes. Vale a examinar a história deste desafio, que permanece sem resposta satisfatória

No Outras Palavras

Although anything can happen within the train, much of it
unpredictable, there is one thing the historian must nor forget:
trains can go faster or slower, they can come to a stop, they
can explode, but there are constrained by the tracks. History is
about what people do within the limits of their landscape, their
needs and their past1

Donald Sassoon, One Hundred Years of Socialism

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