“O fascismo contemporâneo é o nome político do desespero produzido pela precariedade do laço social”, sintetiza a psicanalista e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Por: Patricia Fachin, em IHU
Múltiplas são as formas de explicar o desejo pelo fascismo, aquela atração que jovens e adultos sentem pelo autoritarismo. À luz da psicanálise, esse sentimento pode ser compreendido como “a nomeação de um sintoma político que descreve uma parte da gramática do desamparo contemporâneo”, diz Rose Gurski. É nesse terreno de desamparo e fragmentação que novos fascismos emergem, segundo a psicanalista. “Eles prosperam não mais como ideologias centralizadas, mas como formas afetivas e micropolíticas de gozo autoritário disseminadas nas redes e nos discursos cotidianos”, afirma. (mais…)
