Um ‘não’ à internação e ao eletrochoque: CNDH recomenda suspensão da Nova Política de Saúde Mental

PorCEE-FIOCRUZ

Na última quinta-feira, 14/3/2019, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) aprovou, em sua 45ª Reunião Ordinária, documento que recomenda a imediata suspensão das medidas da Nova Política Nacional de Saúde Mental, em execução pelo atual governo, bem como sua ampla discussão em audiências públicas por todo o país. A Nova Política prevê ações que vão na contramão da legislação vigente – a Lei 10.216/2001 (Lei da Reforma Psiquiátrica) –, tais como como a inclusão de hospitais psiquiátricos nas Redes de Atenção Psicossocial, financiamento para compra de aparelhos de eletrochoque (eletroconvulsoterapia), possibilidade de internação de crianças e adolescentes e abstinência como opção de tratamento a usuário de drogas.

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“Nem cadeia tem isso”

Clínica antidrogas tinha solitária, trabalho forçado e ameaças. Tudo pago pelo governo

Por Clarissa Levy, Thaís Ferraz, no The Intercept Brasil

Bruno* foi forçado a ficar seis dias e seis noites pelado, trancado em um cômodo menor que 6m². Sem banheiro, o adolescente de 16 anos precisava defecar em um ralo no canto da cela. O motivo do confinamento: ter tomado banho fora do horário determinado. “Nem cadeia tem isso”, ele resumiu a temporada em que passou preso na “cela solitária” de um centro de reabilitação para usuários de drogas chamado Comunidade Terapêutica Centradeq-Credeq, na área rural do município mineiro Lagoa Santa.

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O Parlamento apresenta suas armas: qual saúde mental?

Deputados e senadores lançaram Frente para uma “nova” política de saúde mental, que contraria a Reforma Psiquiátrica e se pauta pelo lucro da indústria da loucura.

Por Anita Becker, para o Outra Saúde

Trechos da Declaração Universal de Direitos Humanos estampados em banners pendurados no lado de fora dos prédios dos ministérios. Um mosaico de colchas de retalhos para contar a história da luta de 30 anos contra a AIDS no gramado da Esplanada em frente ao Ministério da Saúde. Uma exposição permanente da Constituinte no Salão Negro do Congresso Nacional. Esse foi o trecho visual-imagético percorrido nas proximidades do Eixo Monumental até chegar ao Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, onde ocorreu no dia 27 de novembro uma cerimônia que certamente afeta interessados no campo da Saúde Mental ao questionar tudo aquilo que apareceu no caminho: o direito à livre manifestação, o exercício dos direitos humanos e o cumprimento dos direitos constitucionais. (mais…)

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