Eduardo Soares: a volta da perversa gratificação faroeste

O que há por trás da decisão da Assembleia Legislativa do Rio, de premiar – com dinheiro e promoções – policiais que matarem suspeitos? De que forma ela cria vantagens à banda corrupta da polícia? Como relembra que, em matéria de crimes de Estado, o Brasil não é inocente?

Por Luiz Eduardo Soares*, na Revista Dilemas

A sucessão de tragédias mundiais, sintetizada pelo nome Gaza, roubou de nós a força de palavras que nos permitissem manifestar repúdio, indignação e revolta, e que talvez nos ajudassem a elaborar o luto e a lidar com efeitos traumáticos. O esvaziamento da linguagem diante da dimensão indescritível e incalculável das atrocidades genocidas perpetradas contra o povo palestino coincide com a revogação das leis internacionais e com a substituição de política e diplomacia por força e arrogância imperial. A magnitude da carnificina embota as vozes da resistência e refrata as mazelas que testemunhamos em nosso país. (mais…)

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MPF vê inconstitucionalidade em ‘gratificação faroeste’: ‘Autorização para matar não promove segurança pública’

Procuradoria enviou ofício a Castro, que precisa sancionar o projeto, com alerta de que gratificação aprovada pela Alerj viola direitos humanos e contraria decisão do STF

Por Lucas Soares, TV Globo

O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou nesta quarta-feira (24) um ofício ao governador do Rio, Cláudio Castro, apontando inconstitucionalidades no projeto de aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que prevê gratificações para policiais civis que “neutralizarem” criminosos em confronto.

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MPF vê inconstitucionalidade em pacote anticrime de Rodrigo Bacellar; projeto segue para sanção do governador

Parecer afirma que projeto invade competência da União, viola privacidade de egressos e pode ampliar a criminalização da população negra e pobre

Por Lucas Soares, TV Globo

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer apontando “flagrante vício de inconstitucionalidade” no pacote de enfrentamento ao crime aprovado nesta quarta-feira (17) pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). De autoria do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União), o projeto segue agora para sanção do governador Cláudio Castro (PL).

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Escolha sua Distopia, propõe Luiz Eduardo Soares

Novo livro do antropólogo é, a um só tempo, intervenção no debate da Segurança Pública e reflexão de fôlego sobre patrimonialismo, máfias e milícias no coração da República. E a respeito de como o negacionismo histórico nos arrasta para a irracionalidade…

Por Leandro Saraiva, em Outras Palavras

Os animais, como se sabe, dividem-se em embalsamados, sereias, desenhados com um finíssimo pincel de pelo de camelo, que de longe parecem moscas, e mais alguns tipos. Acredito que as complexidades dessas investigações se estendam aos animais políticos, entre os quais há alguns que muito dificultam os diligentes esforços taxionômicos e taxidérmicos de quem se dedica à estabilização do mundo em catálogos capazes de anestesiar a inquietação da pólis. (mais…)

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MPF realiza reunião pública para debater projetos de lei sobre segurança no Rio de Janeiro

Evento vai discutir projetos que tramitam na Assembleia Legislativa, como o PL 5908, que institui um “pacote de enfrentamento ao crime”

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), realiza, na próxima segunda-feira (8), às 13h, reunião pública para discutir projetos de lei sobre segurança pública que tramitam na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). (mais…)

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Esquerda e direita têm visão reducionista sobre segurança pública, diz procurador

“Da mesma forma que a saúde não é um debate só dos médicos, segurança pública não é um tema só dos policiais”

por Marina Rossi, na BBC News Brasil em São Paulo

A segurança é um direito fundamental. E como tal, deve ser garantida e assegurada pela Constituição e, ao mesmo tempo, cobrada pela sociedade. Assim defende o procurador da República no Rio de Janeiro, Julio Araujo.

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Sobre Herus e caveiras. Por Hugo Souza

“Eu vigiei meu filho, tomei conta, fui atrás para ele não entrar para essa vida, porque eu não queria perder meu filho, não queria enterrá-lo”. Não adiantou. O Bope matou o filho dela mesmo assim

em Come Ananás

O símbolo do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro é um crânio trespassado por uma faca que entra pela mandíbula e perfura o osso frontal, com duas garruchas cruzadas ao fundo. A faca na caveira representaria “a vitória da vida sobre a morte”. (mais…)

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