Reconhecimento policial: sem protocolo, polícias do Rio usam câmeras e cometem erros

Falhas de reconhecimento já causam detenções injustas; sem protocolos, tecnologia pode ser usada de forma arbitrária

Por Matheus Moura, Leonardo Coelho | Edição: Bruno Fonseca, na Agência Pública

O que era pra ser uma ida tranquila ao dentista em uma quarta-feira à tarde acabou se transformando rapidamente em uma espiral de constrangimento e tensão para o auxiliar de logística Natan Silva, de 24 anos. No dia 17 de abril, o jovem foi parado por três agentes da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) que o abordaram no interior de uma clínica, localizada em Bonsucesso, zona norte da capital. (mais…)

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Muralha Paulista: Tarcísio mira a distopia

Governador quer impor gigantesco sistema de vigilância – e contrata corporação ligada ao bolsonarismo. Promete até prever crimes com reconhecimento facial e espionagem. É projeto-vitrine da gestão que bate recorde de letalidade policial

por Mariana Braghini, em Outras Palavras

Nas últimas semanas, uma série de reportagens tem sido publicada acerca da proposta do governo do estado de São Paulo para o programa denominado Muralha Paulista, um projeto high-tech de segurança pública que promete reduzir os índices de criminalidade nas cidades paulistas. Em parceria com uma empresa militar estrangeira, a gestão Tarcísio tem articulado uma megaestrutura de espionagem em massa da população do estado, ignorando legislações sobre proteção de dados e direitos constitucionais. Além disso, está priorizando uma proposta de alto custo, enquanto faltam embasamentos sobre a eficácia e o custo-benefício dessas tecnologias para a segurança pública. (mais…)

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A transição inacabada. A militarização do Estado: o problema das polícias e o das Forças Armadas. Entrevista especial com Lucas Pedretti

Para o pesquisador, onde vivem as populações empobrecidas e marginalizadas o regime militar continua, mas trocou o verde-oliva dos milicos pela farda das polícias militares

Por: IHU e Baleia Comunicação

A história do Brasil pode ser contada por muitos e diferentes ângulos. Em todas elas, porém, a violência é um traço marcante de nossa sociabilidade. E o mito da nacionalidade não é destituído de uma “história de barbárie, de massacres, de extermínio” como aponta Lucas Pedretti, em entrevista por e-mail ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. (mais…)

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Presidente do CNMP anuncia criação da Ouvidoria de Combate à Violência Policial

Sociedade terá disponível um canal especializado para o encaminhamento de denúncias de abuso ou violência decorrente de abordagem policial

CNMP

O presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Paulo Gonet,  anunciou, nesta quarta-feira, 17/4, a criação da Ouvidoria de Combate à Violência Policial. Apresentada na 3ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG),  em Brasília, a medida consiste na implementação, no âmbito da Ouvidoria Nacional do Ministério Público, de um canal especializado para receber denúncias de abusos decorrentes de abordagem policial. (mais…)

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Da senzala às periferias: o racismo institucionalizado nas forças policiais. Entrevista especial com Almir Felitte

Desde a Lei Áurea, “as pessoas negras e periféricas acabam sendo colocadas em um espaço de estado de exceção permanente, como se as polícias pudessem suspender o direito dessas pessoas constantemente em nome de uma lei que deu brecha para tanta arbitrariedade”, ilustra o pesquisador

Por: IHU e Baleia Comunicação

A escravidão foi aprovada em 1988 pela elite, para evitar a reforma agrária. De lá para cá, as classes dominantes continuaram agindo para que o racismo fosse institucionalizado e moldasse a sociedade brasileira. Um fator que também explica a criação das polícias no país, conforme esclarece o advogado Almir Felitte. Para ele, “o traço que melhor explica a criação e o desenvolvimento das polícias no Brasil é o racismo”. (mais…)

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Caso Marielle: a engrenagem da impunidade que move a milícia no Rio de Janeiro. Entrevista especial com Pablo Nunes

A divulgação dos possíveis mandantes do assassinato da ex-vereadora carioca trouxe mais dúvidas que respostas a um crime chocante e bárbaro, mas que ilustra a intrincada relação entre polícias e crime organizado no estado fluminense

Por: IHU e Baleia Comunicação

O Estado do Rio de Janeiro, como laboratório do crime, desafia quaisquer hipóteses históricas ou sociológicas. É como se sempre fosse diferente para que tudo permaneça exatamente como sempre foi. Esta frase é tão paradoxal quanto a realidade fluminense. Se em muitos casos é difícil e tênue a linha que separa o crime das ações policiais, no Rio esses limites são ainda mais indistinguíveis. (mais…)

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Eduardo Soares: Uma radiografia do poder miliciano

Como elas expandiram seus tentáculos no poder público? Por que combatê-las requer controle externo das polícias? Quais suas novas formas de lucro e influência? A partir do caso Marielle, ex-secretário do Rio analisa o paramilitarismo carioca

Luiz Eduardo Soares em entrevista à Ponte

Luiz Eduardo Soares está estudando e combatendo a violência urbana no Brasil literalmente há décadas – na verdade, nem se lembra exatamente como começou nisso. Vindo da militância no PCB clandestino nos anos 1970, estudou inicialmente a violência no campo, mas no fim dos anos 1980, no nascer da nova democracia no país, já militava pela legalização das drogas e utilizava o termo “genocídio” para se referir à mortandade de jovens negros, de vidas ceifadas violentamente, pelo Estado. (mais…)

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