Saúde Coletiva para conduzir a reconstrução do SUS

Congresso realizado em Recife, na semana passada, reuniu pesquisadores desta área em que o Brasil é pioneiro. Em debate, a necessidade de que cientistas sociais ajudem a pensar políticas de Saúde – inclusive para combater as práticas neocoloniais

por Gabriel Brito, Outra Saúde

Foi realizado, em Recife, o 9º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas (CBCSH), encontro de estudiosos e pesquisadores da Saúde Coletiva. Trata-se de um campo da sociologia no qual o Brasil é pioneiro, cujas elaborações vêm do final da década de 1970, a partir da conexão entre epidemiologistas, cientistas sociais e políticos, em meio às lutas contra a ditadura militar e elaboração de um modelo de saúde que daria origem à chamada Reforma Sanitária. O SUS foi construído nesse contexto. (mais…)

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Transformação digital da saúde: o que faltou debater. Por André Pereira Neto

Para pesquisador da Fiocruz, simpósio da Secretaria de Saúde Digital ignorou tema central – a desinformação no meio virtual. Ele propõe: para avançar na prevenção e promoção da saúde, governo precisa enfrentar a desordem informacional

Em Outra Saúde

O Ministério da Saúde promoveu, nos dias 2 e 3 de outubro, o 1º Simpósio Internacional de Transformação Digital no SUS. O evento é, em si, uma resposta positiva às transformações que vivemos, caracterizadas pela centralidade assumida pelas questões digitais na vida contemporânea, especialmente no campo da saúde. (mais…)

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Carreira única para o SUS, contra a precarização da vida

Valorizar os profissionais que trabalham na saúde pública brasileira é fortalecer o sistema de saúde. Movimentos sociais retomam a pauta, que precisa ser encarada com seriedade pelo governo, após anos de desmonte neoliberal

por Gabriel Brito, em Outra Saúde

Passada a 17ª Conferência Nacional de Saúde, foi publicada a Resolução 715 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que direciona os encaminhamentos finais dos grupos de trabalho reunidos no evento. O documento condensa as decisões para serem enviadas ao Plano Plurianual e, mais especificamente, ao Plano Nacional de Saúde, documento oficial do Estado brasileiro com diretrizes para o próximo quadriênio. Entre tantas demandas, reaparece a questão da carreira do SUS, instrumento de valorização do conjunto de profissionais da saúde pública brasileira. (mais…)

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Carreira única para o SUS, contra a precarização da vida

Valorizar os profissionais que trabalham na saúde pública brasileira é fortalecer o sistema de saúde. Movimentos sociais retomam a pauta, que precisa ser encarada com seriedade pelo governo, após anos de desmonte neoliberal

por Gabriel Brito, Outra Saúde

Passada a 17ª Conferência Nacional de Saúde, foi publicada a Resolução 715 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que direciona os encaminhamentos finais dos grupos de trabalho reunidos no evento. O documento condensa as decisões para serem enviadas ao Plano Plurianual e, mais especificamente, ao Plano Nacional de Saúde, documento oficial do Estado brasileiro com diretrizes para o próximo quadriênio. Entre tantas demandas, reaparece a questão da carreira do SUS, instrumento de valorização do conjunto de profissionais da saúde pública brasileira. (mais…)

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Diário de uma mulher indígena na USP

Finalista do Troféu Mulher Imprensa pelo podcast na Rádio SUMAÚMA, Elizângela Baré é a primeira indígena a fazer mestrado em Saúde Pública na Universidade de São Paulo, com bolsa da Fapesp, e quer provar que a ciência milenar dos povos originários pode ser usada no SUS

por ELIZÂNGELA BARÉ, em Sumaúma

Uma horta pode curar as feridas da solidão?
Por Malu Delgado*

Existe um ritual que precede a fala. Elizângela Baré pega em sua mochila a tinta vermelha feita com folhas de carajuru, pede licença e se dirige ao banheiro, no segundo andar da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), para se preparar. Sai de lá minutos depois com três pinturas no rosto: no queixo, o Aru, sapo criador do mundo e o dono do frio – “a pintura dos Baré”; nas duas bochechas, as flores – o símbolo das mulheres do rio Negro e que “chamam a beleza”; na testa, a marca da tradição, da resistência, da força e da guerra do povo Baré. “Nós, os povos do rio Negro, somos guerreiros. Essa é a pintura da peneira que a gente usa para fazer beiju; é a pintura do cumatá, que a gente usa para tirar goma [da mandioca]”, explica Elizângela. (mais…)

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Uma forma de combater a mortalidade materna

Brasil reduziu a mortalidade materna – mas agora vive estagnação de índices, ainda longe da meta da OMS. Artigo propõe: sistematizar notificação de complicações graves em gestação e parto reunirá dados decisivos para proteger mães

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

Um dos avanços brasileiros em saúde conquistados nas últimas décadas foi a redução na mortalidade materna, um indicador em que altos índices constantemente assolam os países do Sul Global. A nível internacional, a luta contra esse problema social ganhou tração com a Conferência do Cairo (1994), convocada pelas Nações Unidas, em que os países participantes – como o Brasil – se comprometeram a reduzir em 75% até 2015 sua razão de mortalidade materna (RMM), a proporção entre mães que vem a óbito “por causas ligadas à gestação, parto e puerpério” e os partos bem-sucedidos. (mais…)

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O que falta para a vacinação dar certo

Embora no caminho certo, ministério não consegue dar tração ao Movimento Nacional de Imunização. É hora de diversificar estratégias de acordo com os territórios, levar a vacina à casa das pessoas, incluir as escolas e informar a população para combater o negacionismo

Carla Domingues em entrevista a Gabriel Brito, em Outra Saúde

Primeira iniciativa do ministério da Saúde, a retomada do Programa Nacional de Imunização segue em seu esforço de retomar as altas taxas de cobertura vacinal que um dia o Brasil já sustentou. Mas, como mostra o ritmo de imunização, a tarefa está mais difícil do que antes. Há dois motivos principais, explicou a epidemiologista Carla Domingues, ex-coordenadora do PNI, em entrevista do final de 2022 ao Outra Saúde. Um deles é o negacionismo, que ganhou tração no governo Bolsonaro, em especial após a pandemia. Outro, também importante, é o fato de que a atual geração de pais é a primeira completamente vacinada – e que, por isso mesmo, desconhece o significado de doenças como varíola, difteria ou rubéola. A percepção do risco é muito menos clara. (mais…)

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