A imprensa nacional descobriu a pólvora. Uma curta “reportagem especial” da TV Bandeirantes, exibida na semana passada, fez a denúncia: das 18 turbinas instaladas na barragem da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, 17 não estavam funcionando. Mesmo a única máquina em atividade, só estava utilizando metade dos seus 650 megawatts de potência. Na plena potência, a geração da usina seria de 11.450 MW.
Em geração máxima, Belo Monte seria capaz de atender 12% do consumo de energia do Brasil, mas agora é responsável por 0,61%. Em alguns dias ficou totalmente parada porque a vazão do rio, um dos maiores do mundo, não era suficiente sequer para movimentar uma única turbina. A severidade da situação é consequência de uma estiagem recorde em vários rios da bacia amazônica, a maior do planeta. A única surpresa é esse grau de severidade, mas não a paralisação da enorme hidrelétrica, que custou 40 bilhões de reais, o dobro do valor de projeto. (mais…)