A greve dos boias-frias de Guariba que desafiou usineiros e policiais na ditadura militar

Há 40 anos, trabalhadores da cana-de-açúcar desafiaram donos de usinas e PMs – e venceram

Por Rafael Custódio, Agência Pública

“Desceu a ordem do governador na época, o [Franco] Montoro, para acabar com a greve não importava como.” Assim relembra Wilson Silva, presidente do Sindicato dos Empregados Rurais da pacata Guariba, no interior paulista. A greve, no caso, era um feito histórico: em maio de 1984, cerca de 7 mil trabalhadores do corte de cana-de-açúcar, os chamados “boias-frias”, cruzaram os braços e se levantaram contra usineiros em plena ditadura militar. (mais…)

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O silencioso e importante papel das mulheres na resistência palestina

Neste mês março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, precisamos relembrar o papel das mulheres na luta palestina. Desde a “Grande Revolta” contra o imperialismo inglês até a Nakba e a Intifada contra a colonização israelense, elas tiveram um papel crucial nos fronts de batalha, usando técnicas de criptografia e organização da resistência – desmontando as narrativas preconceituosas da imprensa e da direita.

Por Marcela Magalhães de Paula, na Jacobin

Nestes dias, a comovente imagem de uma mãe palestina lamentando a perda de seu bebê, vítima das ações do Estado de Israel, ganhou grande atenção nas redes sociais. Em meio à dor profunda, essa mãe entoava uma canção de luto dilacerante, enquanto abraçava e dava o último adeus à sua filha. (mais…)

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Desafios na luta contra a Discriminação Racial em um mundo pós-Apartheid

Por Marcelo Moreira, no plurale

Neste 21 de março se comemora o Dia de Luta Contra a Discriminação Racial. A data foi escolhida pelas Nações Unidas, nos anos 60, em memória a um massacre de negros que aconteceu em pleno regime do Apartheid, em Johanesburgo, na África do Sul. Eles protestavam contra a Lei do Passe, que exigia que todo homem negro andasse com uma carteirinha que dizia onde eles poderiam ir ou não. (mais…)

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Mulheres e mineração: das consequências à resistência

A comunidade Santa Luzia, em Independência-CE, é um território mapeado e que tem sofrido ameaça de empresas mineradoras

Samanda Karen*, Brasil de Fato

O modelo mineral é mais uma célula estrutural do capitalismo, onde ele explora a natureza de maneira insustentável com a superexploração dos recursos minerais causando grandes impactos ambientais, sociais e econômicos nos territórios. Estamos falando de um processo que tem como base de sustentação a exploração de matérias primas, neste aspecto, a questão agrária, o modo de produção escravistas, a desigualdade de gênero e o patriarcado, são o que sustentam quem está no topo dessa pirâmide social. A narrativa é fazer do campo um lugar de atraso, desconectar qualquer relação que as pessoas tenham com a natureza e com seu modo de viver e produzir, para que assim, seja mais fácil de “se venderem” ao modelo mineral. (mais…)

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O que fazer quando o jornalismo age como força auxiliar do fascismo?

Por Tania Pacheco

O presidente da República anunciou ontem, 12/04, a construção de mais 100 Institutos Federais (IFs) no País. Discursou na ocasião dando mais detalhes sobre o programa e defendendo a importância da educação, principalmente para as mulheres. Em determinado ponto, afirmou:

“E o mais importante: quando a mulher tem uma profissão, que ela tem um salário e ela pode custear a vida dela, ela não vai viver com nenhum homem que não goste dela. Ela não vai viver por necessidade, ela não vai viver por dependência. Ela vai viver a vida dela e vai morar com alguém se ela gostar desse alguém. Ela vai ter a opção dela, ela vai escolher, ela vai fazer, não vai ficar dependente. ‘Ah, eu preciso? Eu preciso do meu pai me dar cinco reais pra comprar um batom. Eu preciso do meu pai me dar dez reais pra comprar uma calcinha. Eu preciso de me dar não sei das quantas pra comprar tal coisa.’ Não! Quando a gente precisa, a gente perde a independência da gente. O que é importante é que vocês estudem, tenham uma profissão e andem de cabeça erguida na rua porque mulher não é inferior a nenhum homem e, muitas vezes, é mais competente, é mais inteligente e tem muito mais coragem que o homem. (mais…)

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Corte Interamericana divulga sentença contra o Brasil pelo assassinato de Antonio Tavares nesta quinta (14)

Violações de direitos marcam o massacre ocorrido em 2000, que também vitimou mais de 185 pessoas. Justiça brasileira não responsabilizou envolvidos.

Na Terra de Direitos

A Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA), divulga, no dia 14 de março, a sentença contra o Estado brasileiro pela omissão e não responsabilização dos envolvidos no assassinato do trabalhador rural Antonio Tavares e às lesões sofridas por mais de 185 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por parte de agentes da Polícia Militar do Paraná, durante a repressão, na Rodovia BR-227, em Campo Largo (PR), a uma marcha pela reforma agrária que ocorreria em 2 de maio de 2000 na cidade de Curitiba. A transmissão do comunicado da Corte inicia às 10h30 (horário de Brasília), pelo canal da Corte, e será acompanhada pelos autores da ação, familiares, vítimas e representantes de Ministério de Relações Exteriores, entre outros órgãos. (mais…)

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Anacleta: “É preciso pisar o chão e ouvir a terra”

Anacleta Pires da Silva é orientada pela terra, de onde brota sua inspiração, força e sabedoria para travar lutas pelo bem-viver coletivo, pelo acesso aos territórios ancestrais em toda sua riqueza e diversidade.

Em Justiça nos Trilhos

Mulher preta quilombola, liderança plantada há 58 anos no Território Santa Rosa dos Pretos, na zona rural de Itapecuru-Mirim, Maranhão, Anacleta começou, ainda adolescente, a participar das lutas de movimentos sociais que reivindicam direitos dos povos pretos, indígenas e comunidades tradicionais. (mais…)

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