MPF/GO investiga se evento “Inter UFG” promoveu discriminação atentatória aos direitos humanos

“Ranking” que pontuou alunas participantes do evento por raça, estado civil e compleição física pode caracterizar prática discriminatória

MPF/GO

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) instaurou procedimento para investigar se o “Inter UFG”, considerado um dos maiores eventos universitários do Centro-Oeste, promoveu discriminação atentatória aos direitos humanos e se UFG tem alguma relação com os fatos. Notícias veiculadas recentemente pela imprensa mostram a criação de uma espécie de “ranking” no qual estudantes traçam o “perfil” de alunas de acordo com sua raça, estado civil e compleição física, estabelecendo uma “pontuação” aos discentes que tiverem algum relacionamento com elas.

O chamado “Ranking da Pegação” foi divulgado em redes sociais e dá a maior pontuação para quem tiver relações sexuais. De acordo com ele, se a mulher for casada, o homem acumula 10 pontos. Se ela for “gostosa e gata”, ganha 8 pontos. Se a mulher for “pretinha e bonitinha”, recebe 2 pontos. O estudante perde um ponto se beijar uma “mulher gorda” ou “preta e feia”. A direção da universidade posicionou-se contra o ranking e já teria aberto sindicância para apurar o caso.

O MPF/GO apura, ainda, se houve alguma participação da UFG no evento. Ofício dirigido à reitoria requisita informações acerca das providências adotadas pela universidade, visando a apuração dos fatos narrados, especialmente quanto às sanções aplicáveis aos responsáveis pela utilização indevida de nomes e bens da instituição para a promoção do evento.

Clique aqui e leia a íntegra da Portaria que instaura o procedimento.

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