Vozes da Escravidão Contemporânea: vítimas de trabalho escravo participam de evento do MPF e da Conatrae

As dificuldades para combater a prática criminosa serão pauta do evento que acontece nesta terça-feira (6) e contará com a participação da PGR e da ministra de Direitos Humanos

Procuradoria-Geral da República

Pessoas que foram vítimas de trabalho escravo vão discutir a impunidade no combate a esse crime nesta terça-feira (6), às 14h30, no Memorial da Procuradoria-Geral da República, em Brasília. O evento Vozes da Escravidão Contemporânea: correntes invisíveis, marcas evidentes é promovido pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), e contará com a mediação do jornalista Leonardo Sakamoto. O debate é uma das ações do MPF em homenagem ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado em 28 de janeiro.

A impunidade será tema do painel de abertura, que contará com a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, do presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Fernando da Silva Filho, e do coordenador da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, João Francisco Araújo Maria. O debate também terá a participação da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois.

Ismauir de Sousa Silva, João Batista da Cunha e Kleyne Aparecida Batista representarão no evento as milhares de pessoas que, ainda hoje, são tratadas e vivem em situações análogas a de escravos: enfrentam condições insalubres, jornadas exaustivas e, muitas vezes, são proibidas de ir e vir em razão de dívidas, entre outras restrições. O objetivo é ouvir das próprias vítimas do trabalho escravo um pouco da sua trajetória, como viviam, como saíram dessa situação e como estão hoje.

O evento contará também com o lançamento oficial da Coletânea de Artigos sobre Escravidão Contemporânea, organizada pela Câmara Criminal do Ministério Público Federal (2CCR/MPF). Na publicação virtual, diversos autores debatem temas como a evolução das normas internacionais e da legislação brasileira; o caso da Fazenda Brasil Verde; o trabalho obrigatório nas prisões norte-americanas; a exploração dos bolivianos nas confecções brasileiras; a desapropriação por exploração de trabalho escravo e a publicação da chamada “Lista Suja”. A apresentação será feita pela coordenadora da área criminal do MPF, subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Frischeisen.

A entrada no evento é aberta, sujeita à lotação do local.

Veja aqui a programação completa.

SERVIÇO
Evento: Vozes da Escravidão Contemporânea: correntes invisíveis, marcas evidentes
Quando: 6 de fevereiro, às 14h30
Onde: Memorial do MPF – SAF Sul, Quadra 4, Conjunto C, Bloco B, Cobertura
Confirmação de presença pelo e-mail [email protected]

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