Justiça realiza primeira audiência da morte de professor indígena após ter sido espancado em SC

Marcondes Namblá foi agredido a pauladas numa rua em Penha. Embalador confessou o crime.

Por G1 SC

Justiça realizou, na tarde desta segunda-feira (9), a primeira primeira audiência do processo do assassinato do professor indígena Marcondes Namblá. Ele morreu depois de ter sido espancado em Penha, no Litoral Norte, em janeiro deste ano. O acusado é o embalador Gilmar César de Lima, 23 anos, que confessou o crime e está preso preventivamente em Blumenau.

A audiência ocorreu no Fórum de Balneário Piçarras. Lima foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio qualificado (motivo fútil e sem chance de defesa da vítima). O réu, que foi preso 13 dias depois do assassinato, na casa da irmã em Gaspar, disse que espancou Marcondes porque o indígena mexeu com o cachorro dele.

Uma testemunha foi ouvida. O réu também foi convocado para depor, mas preferiu ficar em silêncio. Ele deverá ir a júri popular pelo assassinato.

O crime

Marcondes foi espancado durante a madrugada, enquanto caminhava pela avenida Eugênio Krause. As imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que ele é atacado a pauladas pelo embalador.

Depois de levar o primeiro golpe na cabeça, ele caiu e continuou sendo agredido. Conforme a denúncia, Lima deu aproximadamente 20 pauladas na vítima. O indígena foi encontrado horas depois e chegou a ser internado, mas morreu no dia 2 de janeiro.

Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Namblá era professor na aldeia Laklãno, em José Boiteux. Conforme a família, ele trabalhava em Penha para ganhar dinheiro extra com a venda de picolés.

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