EPSJV/Fiocruz
A revista Poli nº 57, de maio e junho de 2018, já está disponível. A matéria de capa desta edição discute o racismo institucional que persiste ainda na atualidade e que amplia a desigualdade no acesso das pessoas negras às políticas públicas. No mês dos 130 anos da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, a reportagem chama atenção para as iniquidades a que a população negra brasileira ainda está submetida: ela tem menor escolaridade, apresenta taxas de analfabetismo duas vezes superior ao registrado entre o restante dos habitantes, tem os menores salários, é a mais afetada pelo desemprego, tem menor acesso ao sistema de saúde e é a que morre mais cedo.
Na sequência, uma matéria sobre uma proposta de Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio, entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE) em abril, discute o empresariamento da educação básica. Combinada com outras ações, como a nova Política de Formação de Professores, a reformulação das Diretrizes Nacionais Curriculares (DNC) do Ensino Médio e a própria Reforma do Ensino Médio, ela forma um conjunto coerente de medidas que acendem um alerta para os defensores da escola pública.
O avanço de grandes corporações sobre as políticas garantidoras de direitos é tema também da reportagem que mostra o que discutiram empresários e entidades do setor privado reunidos no Fórum Mundial da Água, realizado em Brasília. Mostrando como a água se tornou uma importante moeda de negócio, a matéria – que também acompanhou o Fórum Alternativo Mundial da Água, que reuniu movimentos sociais – revela que os que causam e os que sofrem os impactos ambientais parecem habitar dois mundos diferentes dentro do mesmo planeta.
Na terceira matéria do especial sobre os 30 anos do SUS, a Poli revisita histórias, personagens e diferentes perspectivas que ajudam a conhecer mais sobre mobilizações e debates que, durante os anos 1970 e 80, construíram o caminho para o SUS. A reportagem lembra as lutas que, impulsionadas por um conjunto de atores sociais unificados no Movimento Sanitário, eram percebidas como parte de um projeto ambicioso de transformação da sociedade, para além da saúde.
O entrevistado desta edição é o professor de Sociologia da Unicamp Marcelo Ridenti, que faz uma análise do ‘Maio de 68’, que completa agora 50 anos. Descrevendo e analisando o que acontecia no mundo naquele momento, ele traça comparações com a conjuntura brasileira atual e mostra como a herança de 68 ainda está em disputa.
A Revista Poli é editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz, e aborda principalmente temas relacionados aos campos da educação, saúde e trabalho.
Acesse na íntegra a Revista Poli nº 57