Carta aberta do “Movimento RESEX para Sempre!”, de Canavieiras: Legado de Chico Mendes ameaçado

“O legado de Chico Mendes está em jogo: a recategorização da RESEX de Canavieiras põe em risco todas as RESERVAS EXTRATIVISTAS e demais Unidades de Conservação (UC) do país. O desmonte do ICMBio com a nomeação de indicados políticos sem qualificação para assumir cargos de confiança, entre eles a própria presidência do órgão, é mais um dos ataques a este avançado modelo de UC que considera os saberes tradicionais das populações extrativistas.

A RESEX de Canavieiras abrange parte dos municípios de Una, Canavieiras e Belmonte, totalizando 100, 645 hectares que contemplam manguezais, rios, restingas, áreas úmidas e mar. Constituída por aproximadamente 2.300 famílias, representadas por 14 organizações de base comunitária, além de duas Colônias de Pescadores. (mais…)

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Caminhoneiros: o maior impacto na História do Brasil, por Aldo Fornazieri

No GGN

“O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não”(Gandhi)

Nenhum acontecimento da história do Brasil teve um impacto tão avassalador sobre o conjunto da sociedade e do Estado, em todas as suas dimensões, tal como este produzido pelo movimento paredista dos caminhoneiros. Nem a Independência, nem a proclamação da República, nem a Revolução de 1930, nem a Segunda Guerra, nem o golpe militar de 1964, nem o Plano Collor, nada produziu um efeito tão universal sobre todos os aspectos da vida nacional. Com exceção de poucos lugares remotos do país, todos os demais lugares setores foram afetados. Nem mesmo uma guerra teria um efeito tão avassalador. Foi como se o Brasil fosse atacado em todo o território nacional, em todas as suas cidades, em todos os ramos de atividade, em todas as linhas de  abastecimento. A singularidade que o movimento dos caminhoneiros produziu talvez não tenha similaridade em nenhum outro país. (mais…)

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Intervenção militar: o abraço dos afogados

Por Humberto Ramos de Oliveira Júnior, no Justificando

Já faz algum tempo que o pedido por uma atuação enérgica das Forças Armadas Brasileiras se faz ouvir. Estas manifestações são oscilantes, intensificando-se nos momentos de agravamento da instabilidade política do país. Na verdade, este tipo de discurso retorna à cena quando dos primeiros sinais de declínio do Lulismo, maculado pelos inúmeros casos de corrupção aliado aos reflexos internos oriundos da instabilidade da economia global. (mais…)

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Em carta aberta, povo Ashaninka exige resolução de processo que dura mais de 20 anos

 Ashaninka lutam pela reparação por danos ambientais profundos causados por retirada de madeira ilegal em seu território na década de 1980

Na Amazonia.org

A APIWTXA, associação que representa o povo Ashaninka na Terra Indígena Kampa do Rio Amônea, publicou uma carta aberta contra os recursos protelatórios em benefício de madeireiros em um processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 1996, o Ministério Público Federal entrou com uma ação pedindo reparação pela ação ilegal de madeireiras da família Cameli, uma das mais tradicionais do Acre, na terra indígena. (mais…)

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O pescador contra todos

No terceiro vídeo da série em 360º, a luta de um catador de caranguejos contra um órgão ineficaz e desinteressado, uma empresa que deve muito à sociedade e até mesmo o poder paralelo para interromper a contaminação tóxica dos manguezais da baía de Guanabara

Por Mariana Simões e Gabriele Roza, na Pública

Na última terça-feira, dia 22 de maio, o procurador da República Julio José Araujo acompanhou o catador de caranguejo Gilciney Lopes Gomes em uma expedição até o terreno onde funcionava o antigo lixão de Jardim Gramacho, bairro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Fechado em 2012, o Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho era o maior lixão a céu aberto da América Latina. (mais…)

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Convivência e interdependência

Por Cândido Grzybowski, do Ibase

A greve dos caminhoneiros mostrou como somos dependentes de seus serviços de transporte. Não é meu objetivo analisar as complexas questões que motivaram a greve, nem o que ela revela sobre a fragilidade, insensibilidade e ilegitimidade do governo Temer em tratar uma questão assim. O país simplesmente parou porque alguns milhares de caminhoneiros, sentindo-se não atendidos e nem escutados em suas reivindicações, pararam de fazer o transporte de produtos entre pontos de produção e consumo. É um fato político e econômico que põe a nu toda a teia de relações sociais de convivência e interdependência que tornam viável a vida em sociedade. De repente descobrimos que aqueles enormes caminhões que trafegam nas estradas e ruas, tornando difícil e perigoso o trânsito, são indispensáveis para que tenhamos acesso a bens e serviços fundamentais no nosso cotidiano. Visíveis pelo seu tamanho, mas invisíveis como veias que interligam a vida na sociedade. (mais…)

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