Manifesto dos diretores de escolas da rede estadual do RJ em solidariedade ao Reitor da UFRJ, Professor Roberto Leher

“Neste momento de profundo ataque à universidade pública, inclusive com a disseminação de informações falsas em diversos veículos de comunicação que pretendem esconder a raiz da tragédia que incendiou o Museu Histórico – a falta de recursos para a prevenção de incêndios agravada pela PEC do congelamento de gastos – gostaríamos de expressar publicamente nossa total solidariedade ao reitor da instituição, o querido professor Roberto Leher, que vem sendo vitima de ataques desleais – tanto do governo que é responsável pela tragédia no museu quanto pela mídia, que é responsável pelo apoio à devastação do serviço público perpetrada pelo governo Temer e ao ajuste, que apenas serve para transferir os recursos da educação e da saúde para o setor financeiro.

Roberto Leher já denunciava publicamente o cenário de barbárie nas universidades públicas agravado pelo corte de recursos que ocasiona prédios sem estrutura mínima, laboratórios sucateados, corte de bolsas, número de professores insuficiente, congelamento da carreira dos servidores, entre outros. Este cenário tende a se agravar com a previsão de congelamento dos gastos primários (com saúde, educação, seguridade social, etc), afinal o ajuste patrocinado pelo governo ilegítimo de Temer cortou recursos de custeio e manutenção, e é o responsável pela tragédia que destruiu mais de 200 anos de acervos e pesquisas no Museu Nacional.

O magnifico reitor da UFRJ enfrenta, tal como a maioria de nós no chão da escola, as dificuldades de dirigir uma instituição com recursos insuficientes. Nossa distância é menor do que imaginamos, afinal a falta de verbas para viabilizar a educação pública em diversos níveis de ensino é parte do mesmo projeto de privatização da educação e Roberto Leher faz parte do grupo de companheiros que lutam por outro projeto de educação e de sociedade.

Sua gestão à frente da reitoria não desonra nenhum princípio de defesa da educação pública, pelo contrário, reafirma que lutamos por uma educação pública gratuita, laica, autônoma, crítica, laica e socialmente referenciada.

Roberto Leher, como muitos de nós, não escolheu o lado mais fácil da história, preferindo lutar ao invés de privatizar. Por isso tudo, registramos publicamente a nossa solidariedade e o nosso apoio.”

– Pedro Mara – diretor do CIEP 210, Belford Roxo
– Charles Pimenta – diretor do CIEP José Dome, Cabo Frio
– Cláudia Pessi – diretora CIEP 451 , Itaboraí
– Fábio Barros – diretor do Colégio Amaro Cavalcanti , Rio de Janeiro
– Viviane – diretora do Colégio Rubens Farrula, São João de Meriti
– João Paulo Cabrera – diretor do Colégio André Mouiris, Rio de Janeiro
– Juliana Elianay – diretora do Colégio Vanilde Natalino Matos , Macaé
– Joelma de Souza Azevedo – diretora do CE José Bonifácio, Niterói
– Celinha Coelho – diretora do Colégio Pandiá Calógeras , São Gonçalo
– Lizandro Chagas – diretor do Colégio Olavo Bilac, Rio de Janeiro
– Carla Musa – diretora do Colégio Estadual jornalista Maurício Azedo, Rio de Janeiro
– Cicero Tauil – Diretor Adjunto CIEP 449 Brasil França.
– Fábio Rocha – diretor adjunto do CIEP 257 Joaquim do Rego Barros, Rio das Ostras
– Fabio Aguiar Gonçalves – Diretor CIEP 458 – Cabo Frio
– Ana Paula Soares Muniz – diretora do Colégio Estadual Professora Vanilde Natalino Matos, Macaé
– Taysa da Silveira Chrysostomo – diretora adjunta do C. E. Olavo Bilac
– Andreia Queiroz = ex diretora do Colégio Clóvis Monteiro
– Elizabeth Ramoa – diretora do Colégio André Mouiris
-Diogo Coelho – Diretor do CE Jamil El Jaick – Nova Friburgo
-Marta Santos – Diretora do CE Jamil El Jaick
– Izabela Bellini – Diretora Adjunta do CE Hispano Brasileiro João Cabral de Melo Neto
– Denise Frias – diretora do Colégio Dom Pedro I, Mesquita

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