por Raquel Júnia, em EBC
O caso mais grave resultou na morte do mestre de capoeira, Moa do Katendê, na Bahia, à facadas após ter criticado o presidenciável Jair Bolsonaro e declarado voto em Fernando Haddad em um bar.
Uma estudante foi agredida em Porto Alegre e chegou a ser marcada com o símbolo da suástica nazista aberto a faca na própria pele.
No Rio de Janeiro, pelo menos três casos vieram à tona de ofensas homofóbicas e agressões, inclusive física, nas últimas semanas por pessoas que disseram apoiar Bolsonaro.
Um deles, o que ocorreu com a irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano. Anielle Franco foi agredida verbalmente enquanto caminhava com a filha de dois anos por homens que vestiam camisetas com a imagem do candidato do PSL.
O Defensor Regional de Direitos Humanos da Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro, Thales Arcoverde Treiger, destaca que a instituição tem monitorado os episódios e diferente do que pode parecer, os prejuízos não são isolados.
No Maranhão, foi criado um Observatório da Violência Política que reúne as defensorias do Estado e da União e a Ordem dos Advogados do Brasil.
Em outros estados o acompanhamento tem se dado junto a diferentes instituições parceiras.
O defensor destaca que tanto em episódios de violência que assolam as cidades, quanto agora no contexto das eleições, as lideranças políticas precisam se responsabilizar.
A Defensoria destaca que o Brasil é signatário de diversos tratados e compromissos internacionais em repúdio ao racismo, à misoginia, à homofobia e outros tipos de agressões e que, por isso, as situações devem ser consideradas inadmissíveis por toda a Nação.
Imagem: Reprodução do APUFPR
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.