Estamos estarrecidos com o crime proferido contra a vida do Sem Terra Luis, do acampamento “Marielle Vive!”, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Valinhos/SP.
No Mab
Na quinta-feira, 18/07, as famílias acampadas realizavam um ato pacifico reivindicando o que é de mais elementar para a vida: a água. Segundo membros do acampamento, as famílias se encontram há mais de 1 ano sem o acesso à água potável. O espantoso é a restrição do acesso, uma vez que o acampamento se encontra em uma região banhada por muitos rios, como o Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Rios, que muitas vezes, tem suas águas revertidas em grandes negócios, através de barragens lucrativas ao capital, negando assim o acesso ao direito à água da população.
Não bastando a expropriação da Terra e da Água, o ódio de classe contra os trabalhadores que lutam pelo seu direito também pesou na cena de Valinhos. O ódio que direcionou o motorista ao crime, atropelando dezenas de pessoas e assassinando Luis Ferreira da Costa, de 72 anos, é o mesmo ódio que matou a vereadora Marielle Franco e que vem sendo propagado constantemente pelo atual presidente, Jair Bolsonaro, contra quem luta por seus direitos e em defesa da vida.
Nós, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), repudiamos o crime contra os Sem Terra, e nos solidarizamos com os militantes do acampamento Marielle Vive, os familiares do senhor Luis e o MST, movimento aliado na resistência e na luta do povo.
Águas para vida, não para morte!