Roteiros que contribuem para o desenvolvimento sustentável do Rio Negro: Projetos do Circuito de Turismo Indígena do Rio Negro recebem prêmio do PNUD

Foirn

Projetos que fazem parte do Circuito de Turismo Indígena do Rio Negro receberam um prêmio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), anunciado no dia 11 de dezembro, pelo edital Experiências inovadoras para promoção do desenvolvimento local – fomento de plataformas e redes locais de desenvolvimento.

O prêmio será investido para a estruturação da infraestrutura própria de transporte e oficinas de avaliação e acompanhamento dos projetos.

O presidente da Foirn, comemorou o reconhecimento dos projetos e destacou: “as trocas e oportunidades de intercâmbios que estão sendo construídas, esperamos que o Turismo Indígena ganhe visibilidade e confiabilidade do público, e que as iniciativas estruturadas a partir da visão da gestão territorial, autonomia e do respeito e valorização dos modos de vida tradicionais sejam reconhecidas não apenas enquanto experiências autênticas e bem estruturadas, mas também como iniciativas fundamentais para a preservação e proteção dos territórios tradicionais, das florestas e da biodiversidade”, disse.

 Circuito de Turismo Indígena no Rio Negro

O objetivo do Circuito de Turismo Indígena do Rio Negro é promover a região enquanto referência de TBC com uma visitação estruturada, responsável e sustentável, um negócio socioambiental que gera renda com atividades que respeitam os modos de vida, que beneficiam diretamente as comunidades, as famílias e a conservação do território de maneira justa e equilibrada. 

É neste contexto que a FOIRN, juntamente com as associações de base de Santa Isabel do Rio Negro (ACIR e ACIMRN) e com apoio de parceiros (ISA, GARUPA) está promovendo o desenvolvimento de iniciativas que aproveitam o potencial turístico da região e revertem o cenário de conflitos socioambientais. Existem projetos de ecoturismo e pesca esportiva. Todos os projetos possuem Planos de Visitação aprovados pela Funai, a qual acompanhou os processos de estruturação juntamente com IBAMA e ICMBIO.

Destaque: Projeto Serras Guerreiras de Tapuruquara

Desde que o projeto começou, é o terceiro prêmio que o Projeto Serras Guerreiras de Tapuruquara recebe como reconhecimento. O primeiro foi em 2018, quando recebeu o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo. Esta também foi uma das 15 iniciativas selecionadas de 201 projetos inscritos para participar do Programa de Aceleração da PPA a partir de 2020.  A Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) é uma plataforma de ação coletiva, liderada pelo setor privado, que busca a construção de soluções inovadoras, tangíveis e práticas para o desenvolvimento sustentável, conservação da biodiversidade, florestas e recursos naturais da Amazônia.

O sucesso do projeto demonstra que investir na organização coletiva com trabalho comunitário de base e na gestão territorial são aspectos estruturantes e fundamentais para a garantia de sucesso e sustentabilidade para a economia comunitária.

A consolidação e fortalecimento desse modelo de Turismo de Base Comunitária (TBC) associado à gestão dos territórios tradicionais é estratégica para a preservação e proteção dessas áreas, é o que vem sendo feito pelo projeto.

Com este entendimento, outras comunidades e associações do Rio Negro estão buscando construir uma agenda para realizar a estruturação de suas iniciativas de turismo com segurança, a exemplo da Serra do Cabari, projeto da ACYPK e Serras do Curicuriari, da AHKÓ IWI (Associação Indígena Água e Terra).

Conheça mais o Projeto Serras Guerreiras de Tapuruquara e faça sua inscrição no site: http://www.serrasdetapuruquara.org/

Lideranças, juventude e parceiros em uma das trilhas do Projeto Serras Guerreiras. Foto: Garupa

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.

1 × um =