Na abertura dos trabalhos do STF, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a situação da Amazônia é preocupante e que as atenções internacionais sobre o país não são gratuitas.
“Não é pequena a consequência da degradação e do desmatamento. O mundo não está nos olhando horrorizado por acaso, é porque há consequências para o ciclo da água, há consequências para a biodiversidade, para a mudança climática”, disse. “Eu espero que com grande atraso, mas não tarde demais, o Brasil tenha, pela sua sociedade e pelo seu governo, acordado para a importância do papel que nós representamos para o mundo”.
A fala do ministro do STF foi destacada pelo Estadão e pela Jovem Pan.
Enquanto isso, na Amazônia, o Exército vem protagonizando um “mico” no comando da Operação Verde Brasil 2. Com cerca de 3,8 mil militares em campo desde maio passado, as ações de combate ao desmatamento e às queimadas seguem sem surtir o efeito desejado, já que os índices de degradação ambiental continuaram subindo nos meses subsequentes.
Para piorar, o El País informou que o comando da Operação recebeu dados estratégicos, com áreas críticas identificadas e imagens de satélite fornecidas pelo INPE, para apoiar ações que potencialmente poderiam interromper a devastação em terrenos que concentram quase 45% do desmatamento registrado neste ano. No entanto, nada disso trouxe sucesso para a operação até agora – ou porque os militares não souberam utilizar essas informações, ou porque as ignoraram.
A matéria deixa claro que a operação militar está propositalmente evitando combater o garimpo ilegal.
