TCU pede paralisação de compra e uso de retardante de fogo por Ibama

ClimaInfo

Após o Estadão revelar a compra de 20 mil litros de retardante de fogo pelo ministério do meio ambiente e Ibama, em regime de urgência e sem licitação, o Ministério Público do Tribunal de Contas da União pediu a paralisação imediata da operação e solicitou a interrupção do uso desse produto até que a Corte analise o caso.

Também no Estadão, André Borges destacou que o Ibama ignorou seu próprio parecer técnico, que indicava os riscos do uso desse retardante químico, para autorizar a compra do produto. Esse parecer também foi repercutido na Folha, que assinalou que uma das observações feitas pelos especialistas do órgão era de que o uso do produto somente poderia ser feito em último caso – o que não era a situação na Chapada dos Veadeiros (GO), onde Salles participou da aplicação dessa substância em uma área onde o fogo já estava controlado. Esses pontos também foram abordados pelo Jornal Nacional (TV Globo).

Os moradores da região estão sendo forçados a uma quarentena, impedidos de beber água ou comer alimentos cultivados ou caçados nas áreas onde o produto foi aplicado por pelo menos 40 dias. De acordo com o professor da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Henke, a falta de clareza sobre os riscos do retardante está sendo ignorada pelo governo, que o trata como uma “bala de prata” no combate às queimadas.

Foto principal (Ditec_Ibama/AM): operação do Ibama no Amazonas, em 2015

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