Seminário na Fiocruz debate plantas medicinais na Agenda 2030

Bel Levy, ArticulaFito/Fiocruz

Os resultados do maior diagnóstico já realizado no Brasil sobre o potencial produtivo de  plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias serão apresentados pela Fiocruz e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dia 24 de maio, às 14h, em seminário on-line com transmissão ao vivo. Intitulado Cadeias de Valor em Plantas Medicinais e a Agenda 2030: contribuições da sociobiodiversidade para reflexão sobre novos modelos de produção para a  preservação da vida e da saúde no planeta, o evento é promovido pelo projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais, iniciativa conjunta das duas instituições, que identificou 26 produtos oriundos de espécies vegetais – como chás, colírios, repelentes, hidratantes, azeites para uso na gastronomia, dentre outros – com potencial para mercados diferenciados.

“O seminário nos convida a refletir sobre os impactos dos atuais sistemas de produção na vida e na saúde das pessoas e do planeta. Com a pandemia de Covid-19, ficou ainda mais clara a necessidade de novos modos de produção.  No marco da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o mapeamento inédito realizado pelo ArticulaFito aponta para experiências concretas de inclusão produtiva. São modelos produtivos protagonizados por agricultores familiares, povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais que movimentam uma economia que não é apenas monetária, mas também social, ambiental, cultural e participativa, constituindo o que chamamos de cadeia de valor. Precisamos valorizar essas culturas e seus territórios, ouvi-los e aprender com eles”, afirma a coordenadora técnica e executiva do ArticulaFito, Joseane Carvalho Costa, que é pesquisadora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

“Vamos conversar sobre saúde e sustentabilidade na perspectiva do conceito One World, One Health, isto é, integrando a saúde das pessoas, das comunidades e do planeta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os países adotem essa abordagem em seus programas, políticas, leis e pesquisas, para que seja possível alcançarmos os melhores resultados de saúde pública nacional e globalmente”, adianta o coordenador de Relações Institucionais da Fiocruz, Valcler Rangel.

O seminário on-line está organizado em três painéis: Estratégias para Uso Sustentável da Sociobiodiversidade, Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável e Saúde e Sustentabilidade: a visão de povos e comunidades tradicionais. Em cada um, a integração entre conhecimento científico e saberes tradicionais será a tônica do diálogo entre os palestrantes. A mesa de abertura contará com a participação de Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, e Fernando Schwanke, secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, sob moderação de Valcler Rangel, coordenador de Relações Institucionais da Fiocruz.

Serviço
Seminário on-line:
Cadeias de Valor em Plantas Medicinais e a Agenda 2030: contribuições da sociobiodiversidade na reflexão sobre novos modelos de produção para a preservação da vida e da saúde no planeta
24 de maio (segunda-feira)
Das 14h às 17h
Transmissão ao vivo em www.youtube.com/videosaudedistribuidoradafiocruz

Veja a programação completa.

Imagem: Babosa: usada no combate à caspa, aos piolhos e às lêndeas. Há testes sobre seus efeitos no tratamento de inflamações e queimaduras – Foto: Paula Cavalcanti

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