Não ao Marco Temporal!

Em declaração o presidente do Sindicato dos Trabalhadores  Rurais de Barretos e região afirma que essa injustiça denominada “marco temporal”, contra o povo indígena, não pode se fazer pela lei imposta pelo homem branco, desmatador e só vem envergonhar ainda mais nosso povo perante a nós mesmos e a comunidade internacional !!!!

Por Carlos Cesar Gonçalves*

O Supremo é o último pedaço de corda que ainda resta a esses indígenas, massacrados, assassinados e escravizados durante séculos, em uma terra que é toda sua e que não pedimos nem licença para invadir. Terra essa chamada hoje de Brasil.

Falo pois, como viram na inicial da minha declaração, somos de Barretos estado de são Paulo, onde é conhecida há décadas como berço do latifúndio onde somente hoje em 2021, criadores de gado desmatadores da Amazônia envergonha nosso município, pois somente de fazendeiros barretenses pode-se contar uma área maior do que o estado do Sergipe “pertencente a essa corja”, fincada em plena floresta amazônica.

-Para esses homens brancos não se tem um marco temporal, pois não respeitam a lei !!!

-Será que o que nos resta da nossa inteligência e empatia é somente no futuro pedir “documentos”, para índio, é isso?

Não ao Marco Temporal !

*Carlos Cesar Gonçalves, Trabalhador Rural e Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barretos.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Rodrigo de Medeiros Silva.

Foto: Guilherme Cavalli / Cimi

Comments (1)

  1. Caro irmão Carlos César, grato pela sua moral e seu brio e seu resultante grito de indignação! E grato, também, à equipe do racismoambiental.net.br por sempre transportar opiniões não sintonizadas aos imperativos eco e genocidas do (agro)fascismo em vigor quinhentista desde o primeiro genocida bandeirante até os atuais.

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