Custo Bolsonaro

ClimaInfo

O Brasil pode pagar caro pelas políticas antiambientais de Bolsonaro. Uma notícia e um editorial publicados ontem mostram que a inação – ou ineficiência das poucas ações do governo Bolsonaro – contra o desmatamento pode custar muito caro à economia Brasileira.

A notícia dá conta de mais adesões a uma carta aberta enviada no dia 5 de maio deste ano aos deputados e senadores brasileiros por mais de 40 empresas internacionais. No documento, as empresas avisam que novas deteriorações da legislação ambiental e dos Direitos Indígenas as forçariam a reconsiderar a utilização de produtos agrícolas brasileiros: “Gostaríamos de reiterar que consideramos a Amazônia como uma parte vital do sistema terrestre que é essencial para a segurança do nosso planeta, bem como uma parte crítica de um futuro próspero para os brasileiros e para toda a sociedade”.

A íntegra atualizada da carta está neste link. Ana Carolina Amaral deu destaque à notícia na Folha.

Em editorial, o Financial Times não economizou palavras para criticar a falta de ação e compromisso do governo brasileiro no combate ao desmatamento na Amazônia e na resposta às demandas internacionais por mudanças em sua política ambiental.

O jornal britânico acusou o Brasil de ignorar as cobranças por sustentabilidade e disse que, depois de anos de cartas e diálogos infrutíferos, está na hora do passo seguinte – o desinvestimento. “É hora dos investidores mandarem um sinal de US$ 7 trilhões para Brasília de que, a menos que o desmatamento diminua, eles vão se desfazer de seus ativos [no país]”.

Em tempo: Renato Grandelle abordou n’O Globo a falta de analistas no IBAMA para realizar o trabalho de fiscalização contra crimes ambientais em todo o Brasil. Hoje, o órgão conta com apenas 26,6% do número de analistas necessários para estas ações. E a situação pode piorar: caso não aconteça concurso público para o IBAMA neste ano, o quadro funcional deve diminuir ainda mais, com menos de 50% dos postos de trabalho ocupados.

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