Governo Lula retoma operações de combate ao desmatamento na Amazônia

ClimaInfo

Depois de quatro anos de leniência e passividade que beiravam a cumplicidade criminosa, o governo federal retomou nesta semana as operações de fiscalização e combate ao desmatamento na Amazônia. As primeiras ações aconteceram nesta 5ª feira (19/1) no Pará, na região de Uruará, e foram acompanhadas por uma equipe da Reuters. O g1 publicou uma tradução da reportagem.

O alvo dos agentes do IBAMA era uma reserva indígena onde imagens de satélite mostraram derrubada de floresta pela ação de madeireiros e fazendeiros. De acordo com o IBAMA, outras operações estão previstas para acontecer nos próximos dias nos estados do Acre e Roraima.

A presença da imprensa na ação do IBAMA é uma mudança notável em relação ao que se tinha no governo anterior. Até dezembro passado, os agentes eram proibidos de falar com jornalistas. Da mesma forma, o protagonismo do IBAMA também é algo novo, ao menos em relação ao que se teve nos últimos quatro anos, quando as Forças Armadas acabaram assumindo (ainda que burocraticamente) as operações de fiscalização.

Enquanto isso, o Ministério da Justiça formalizou a prorrogação do uso de agentes da Força Nacional de Segurança Pública em toda a Amazônia. A medida já tinha sido sinalizada no final de dezembro, ainda na gestão Bolsonaro, mas só foi assinada no último dia 12 pelo ministro Flávio Dino. Com isso, a Força Nacional poderá ser utilizada para ações de fiscalização ambiental e prevenção e combate a incêndios florestais até 12 de julho de 2023. Agência Brasil e g1 deram mais detalhes.

Em tempo: Para reverter o avanço do crime organizado na Amazônia, o governo Lula precisará ir além do “revogaço” de medidas antiambientais tomadas pelo ex-presidente Bolsonaro. Essa é a recomendação de ambientalistas da região em reportagem de Fabio Pontes no site ((o)) eco. Para eles, o governo terá que encontrar soluções para reprimir os grupos criminosos que encontraram refúgio na floresta (e uma nova fonte de renda nos crimes ambientais). E, também, para desfazer o aparelhamento ideológico imposto pelo bolsonarismo nas forças de segurança pública dos estados amazônicos.

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