Ibama inicia desmonte do garimpo na terra yanomami

Agentes de força-tarefa do governo federal destruíram avião e máquinas usadas por garimpeiros. Barcos e equipamentos foram apreendido

em DW

Uma força-tarefa do governo federal deu início nesta semana a uma operação de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena (TI) Yanomami, com a destruição de estruturas usadas pelos garimpeiros, incluindo um helicóptero, um avião e um trator de esteira, além da apreensão de armas e de três barcos.

As embarcações apreendidas transportavam cerca de 5 mil litros de combustível e equipamentos que seriam levados aos acampamentos ilegais de garimpeiros, como geradores, antenas de internet e freezers, além de cerca de uma tonelada de alimentos.

As operações são realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), juntamente com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Força Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O Ibama afirmou que os alimentos e suprimentos apreendidos serão usados para abastecer a base de controle. Não foi informado se houve prisões nessas ações.

Nesta quarta-feira, a Força Nacional enviou cem agentes para reforçar a segurança na região. Eles devem se juntar ao grupo de apoio e de segurança na base de controle criada no rio Uraricoera para impedir o fluxo de suprimentos aos acampamentos.

O rio vem sendo usado como rota de fuga pelos garimpeiros desde que a Força Aérea Brasileira (FAB) passou a controlar o espaço aéreo da região, no dia 1º de fevereiro. Eles também caminham através de uma estrada de 30 quilômetros que liga uma vila dos garimpeiros a um pequeno porto, para tentar deixar a reserva.

O Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama monitora pistas de pouso clandestinas na região e realiza sobrevoos para identificar infraestruturas do garimpo e permitir a destruição de aviões e equipamentos. As operações vão envolver também as Forças Armadas e a Polícia Federal (PF).

A TI Yanomami, o maior território indígena do país, enfrenta uma crise humanitária e sanitária sem precedentes, com vários casos graves de desnutrição e malária entre crianças e adultos.

As ações de emergência de saúde estão sendo realizadas desde 20 de janeiro, com o envio de equipes médicas para a região.

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