Procurador federal dos Direitos do Cidadão ressaltou importância de a sociedade relembrar fatos ocorridos em 8 de janeiro para que não se repitam
O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, esteve reunido nesta quarta-feira (15) com o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), Leandro Grass. O objetivo da reunião foi ressaltar ao órgão a importância de se preservar a história dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. “Temos a preocupação de se gravar na memória da sociedade para que o fato, que buscou acabar com o Estado Democrático de Direito e corromper a democracia, não se repita”, explicou Vilhena.
Grass disse que o Iphan tem acompanhado, desde 9 de janeiro, o trabalho de restauração do patrimônio cultural material e imaterial, bem como tem estudado formas de ressignificação de espaços públicos. “A pedido da ministra da Cultura, estamos estruturando um programa de memória abrangente de médio e longo prazos, incluindo perspectiva pedagógica de proteção do patrimônio público. É importante promovermos uma agenda forte”, contou Grass.
Segundo o superintendente do Iphan no DF, Thiago Perpétuo, nos próximos meses há uma série de reuniões programadas para tratar do tema, que inclui o planejamento de conteúdo didático para o ensino médio, por exemplo.
Vilhena explicou que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) tem, entre suas iniciativas de coordenação, dois grupos de trabalho (GT) que tratam do tema: o GT “Memória e Verdade” e o Grupo de Apoio em Defesa da Democracia (GADD), criado em janeiro após o dia 8 de janeiro. “Estamos à disposição para contribuir no fomento da criação de novos espaços de memória. É importante que uma sociedade conheça sua história para evitar a repetição de erros”, ressaltou Vilhena.
A reunião também contou com a participação da procuradora federal do Iphan, Mariana Karam.
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Assessoria de Comunicação e Informação
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC)
Ministério Público Federal
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