“Fui morto na internet como se fosse um zumbi da série The Walking Dead”. Eliane Brum entrevista Wagner Schwartz

Em entrevista exclusiva, Wagner Schwartz, o artista que fez a performance “La Bête”, no MAM de São Paulo, fala pela primeira vez sobre os ataques que sofreu, nos quais foi chamado de “pedófilo”

No El País

Em 26 de setembro de 2017, o brasileiro Wagner Schwartz, 45 anos, era um artista em plena realização. Ele abria o 35º Panorama de Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, um dos espaços mais prestigiados do Brasil. Sua performance, chamada La Bête (“O Bicho”), partia da obra consagrada de Lygia Clark, uma das mais importantes artistas da história do país.

Desde 2005, Wagner já tinha apresentado esse trabalho dez vezes no Brasil e da Europa. Como nas ocasiões anteriores, a experiência artística aconteceu. Para La Bête acontecer é preciso que o público deixe de ser um espectador para se tornar participante. Cada apresentação é diferente da outra porque é o público que conta uma história criada coletivamente, ao manipular o corpo nu do artista como se ele fosse uma das figuras geométricas com dobradiças de Lygia Clark.

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