Por Tania Pacheco
“Chats da Lava Jato revelam que procuradores reclamavam de violações éticas de Moro e temiam que operação perdesse toda credibilidade com sua ida ao governo Bolsonaro“, diz com parcimônia a chamada para a nova matéria do The Intercept Brasil. O estrago é muito maior.
Glenn Greenwald prometeu e cumpriu ao anunciar, ontem pela manhã, que o Estado de São Paulo veria o quanto estava errado ao publicar que as denúncias sobre a República de Curitiba e o material contra Moro, em particular, estariam se esgotando.
A prova disso chegou à 1 hora e 1 minuto da madrugada, com a mais forte (até o momento, pelo menos) reportagem da série #VazaJato.
Moro não participa dos diálogos, mas os comentários, críticas e acusações a ele, por parte de procuradores da República de diferentes estados – nem todos participantes da Lava Jato – são mais que contundentes.
As conversas envolvem principalmente três dias -o período de 28 de outubro a 1 de novembro- e têm por tema inicial os boatos de que o juiz de Curitiba aceitaria um possível convite de Bolsonaro. Seguem num crescendo…
… que explode depois que o ‘convite’ para o Ministério da Justiça é aceito:
Diz a abertura da matéria assinada por Glenn Greenwald, Rafael Moro Martins, Leandro Demori, Victor Pougy, no The Intercept Brasil:
Às vésperas de Moro aceitar convite para o Ministério da Justiça, procuradores do MPF discutiam como ingresso do juiz na política podia legitimar críticas à Lava Jato.
Mais que nunca importante lê-la. É um belíssimo trabalho de Glenn Greenwald e da equipe do TIB. Siga para lá clicando no link abaixo:
‘MORO VIOLA SEMPRE O SISTEMA ACUSATÓRIO’
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil