Garimpo ilegal tem prejuízo de R$ 1 bilhão com operações na Amazônia

A apreensão e destruição de maquinários do garimpo ilegal na Amazônia em 2023 somam cerca de 1,1 bilhão de reais, segundo os cálculos do IBAMA. 

ClimaInfo

As ações contra o garimpo ilegal em 2023 já causaram um rombo bilionário à atividade criminosa. Um levantamento do IBAMA obtido pela Repórter Brasil indica que cerca de R$ 1,1 bilhão em bens e maquinários foram apreendidos ou destruídos nas sete maiores operações contra o garimpo ilegal deflagradas desde o começo do ano na Amazônia Legal.

A maior parte desse valor (pouco mais de R$ 1 bi) corresponde a equipamentos e bens apreendidos, enquanto R$ 82 milhões se referem aos itens efetivamente destruídos pelos agentes do IBAMA. A inutilização de equipamentos acontece quando não há condições logísticas para a retirada deles do terreno. Entre os itens apreendidos ou destruídos, estão tratores, escavadeiras, balsas, dragas, aviões e helicópteros, além de motores, barcos, motos, caminhonetes e material de acampamento.

A quantidade elevada de equipamentos, muitos de alto preço no mercado, contradiz o argumento dos defensores do garimpo de que a atividade é praticada de forma “artesanal”. “Há frotas de equipamentos de transporte aéreo ou fluvial, motores hidráulicos, geradores de energia e toda uma infraestrutura associada que forma o contexto de planta industrial ou produtiva de valor considerável”, explicou Jair Schmitt, diretor de proteção ambiental do IBAMA.

Enquanto isso, a Polícia Federal deflagrou na última 4ª feira (27/9) a Operação Ouropel, com o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão nos municípios de Itaituba e Novo Progresso, no Pará, e Cuiabá, no Mato Grosso. A Justiça também determinou o sequestro e o bloqueio de bens que somam mais de R$ 290 milhões, além da suspensão de atividades ligadas à mineração de oito pessoas físicas e jurídicas que, juntas, possuem 112 processos minerários em seus nomes.

De acordo com os investigadores, um esquema com envolvimento de empresas de exploração e comercialização de ouro de origem ilegal movimentou quase R$ 10 bilhões entre janeiro de 2021 e setembro de 2023. Retirado de territórios indígenas e áreas de proteção ambiental, o metal era “esquentado” por meio do uso de Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) “fantasmas”. Estadão e g1 deram mais informações.

Outra operação da PF iniciada nesta semana também mirou o garimpo ilegal. Batizada de Grimpas – Areal Devastado, a ação se concentrou na Área de Proteção Ambiental (APA) das Reentrâncias Maranhenses, a partir de um inquérito policial que apurou a instalação de uma mina de ouro a céu aberto dentro da unidade.

Uma análise de imagens de satélite comprovou a devastação na região do Povoado Areal, em Godofredo Viana (MA). Foram executados seis mandados de busca e apreensão, além da apreensão/destruição de equipamentos encontrados nas áreas mineradas. A notícia é do g1.

Divulgação / Ibama

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