Entrevista: O que acontece em um país quando o governo interfere no STF

Carlos Dada, do El Faro, explica a degradação democrática em El Salvador depois da destituição da Suprema Corte

Por Natalia Viana, Agência Pública

Em apenas três anos, a vida do jornalista Carlos Dada – e da maioria dos cidadãos de El Salvador – mudou drasticamente. Foi esse o tempo necessário para o presidente Nayib Bukele ampliar seu poder ao interferir na Câmara Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça – que equivale ao nosso STF – e o procurador-geral destituindo todos os seus membros e dando posse a novos nomes, alinhados ao governo. A partir daí, Bukele passou a perseguir jornalistas, suprimir as críticas e a prender milhares de pessoas indiscriminadamente. (mais…)

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O avanço do direito ao aborto na América Latina

Na contramão dos EUA, onde um documento vazado mostrou a disposição da Suprema Corte de voltar atrás na decisão que desde a década de 1970 autoriza o aborto, países da América Latina têm avançado nesse direito. A Colômbia foi o último a ter progressos na legislação e descrimininalizou o procedimento até a 24ª semana. Na Argentina, um ano após a aprovação, o desafio ainda é fazer a lei ser conhecida

Juliana Passos – EPSJV/Fiocruz

Nenhum método contraceptivo garante total segurança contra a gravidez. E muitas mulheres têm a prova disso quando o que era para ser um momento de prazer acaba por exigir uma decisão que pode modificar completamente suas vidas: a de prosseguir ou não com uma gestação. Em países em que o aborto é legalizado e o acesso aos medicamentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é garantido, a interrupção da gestação pode ser feita inclusive em casa, de forma segura. Já quando essa prática se dá na ilegalidade, as mulheres acabam utilizando métodos menos eficazes que geram complicações de saúde sérias. Redes feministas ao redor da América Latina têm pressionado e conquistado o direito ao aborto em seus países, como ocorreu no Uruguai há uma década e, mais recentemente, na Argentina, Colômbia e parcialmente no México. No entanto, o direito a decidir das mulheres permanece sendo um tabu e um grave problema de saúde pública em boa parte do mundo, inclusive no Brasil.

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Critican anacrónicas declaraciones de Vargas Llosa sobre lenguas originarias

Ascot expresó su rechazo a lo dicho por el Nobel de Literatura sobre el idioma español como salvador de la ‘barbarie’ que había en la región antes de la colonización.

Servindi

“El multilingüismo no ha sido ni es obstáculo entre los pueblos; antes bien, favorece dinámicas interlingüísticas probablemente censuradas por ciertos discursos ultraconservadores cada vez menos en boga”.

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Mulheres são as mais impactadas pelas desigualdades na América Latina

Região mais desigual do mundo, a América Latina retrocedeu 27 anos em índices que indicam aumento da pobreza

Fernanda Paixão, Brasil de Fato

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as lutas organizadas e cotidianas na América Latina refletem os desafios aprofundados pela pandemia de covid-19. Ainda como a região mais desigual do mundo, a América Latina foi impactada com um aumento de 81 a 86 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza entre 2020 e 2021, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

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Gabriel Boric, presidente electo de Chile: “No espero que las élites estén de acuerdo conmigo, pero sí que dejen de tenernos miedo”

Por Andrea Vial Herrera, de Santiago de Chile, especial para BBC Mundo

Reconoce que él nunca pensó que estaría en este momento.

A punto de cumplir 36 años, edad que lo habilita para sentarse en el Palacio de La Moneda a partir del 11 de marzo, Gabriel Boric Font fuma un cigarrillo tras otro a pocas horas de dar a conocer su gabinete.

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