Jornada em Foz do Iguaçu lança Carta aos Povos Pela Integração da América Latina e Caribe

Desde quinta-feira (22), a Jornada Latino-americana e Caribenha de Integração dos Povos reúne 4000 pessoas de mais de 20 países em Foz do Iguaçu

MST

Na tarde desta sexta-feira (23), as organizações presentes na Jornada Latino-americana e Caribenha de Integração dos Povos aprovaram a “Carta aos Povos pela Integração da América Latina e Caribe”. Em seu conteúdo, a Carta apresenta a síntese das discussões do evento e apontamentos para o avanço da integração dos povos da região. A Jornada, que iniciou na última quinta-feira (22), encerra hoje (24). Ao todo, 4000 pessoas, de mais de 20 países da região, participam do evento. (mais…)

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“O futuro está no passado”. Entrevista com Adriana González Burgos

IHU

“Você gostaria muito de conhecê-la, o nome dela é Adriana González Burgos”, me disseram. “Ler uma entrevista sua não é a mesma coisa que ouvi-la ao vivo”.

Nos encontramos em um lugar no centro da cidade. Algumas horas depois, de madrugada, partia seu voo de volta à Argentina. “Obrigado por reservar este tempo para se encontrar conosco. Se você quiser, podemos ir a um café”, sugiro. Ela sorri. “Sim, muito melhor, estou com vontade de tomar um café”. (mais…)

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UE-Mercosul: colapso de um acordo colonial

Resquício de uma globalização sem limites, ele abria a Europa ao agronegócio brasileiro, mas bloqueava a indústria e a tecnologia nacionais. Naufragará graças à crise agrícola no Velho Continente. Seu fracasso pode ensinar algo ao governo

por Antonio Martins, em Outras Palavras

Como não comemorar quando o adversário faz, ao final do jogo, um gol contra – e nos poupa de uma derrota devastadora? Nesta quinta-feira (1º/2), em Bruxelas tomada por manifestações de agricultores, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou o que já se esperava. A Comissão Europeia (UE) decidiu suspender as negociações de um acordo de “livre” comércio com o Mercosul. O compromisso era dado, dias antes, como favas contadas. Uma delegação da UE, presente ao Brasil, já negociava seus detalhes finais. E há poucos dias, uma reunião de chanceles do bloco sulamericano, em Assunção, definiu-o como prioridade máxima. Tudo foi frustrado porque a crise da agricultura europeia gerou protestos crescentes e radicalizados, e obrigou os governos a contrariar os interesses das grandes corporações, que seriam as beneficiárias do acordo. (mais…)

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Uruguai: A Frente Ampla se reergue

Após profunda crise, esquerda é a favorita para vencer as eleições deste ano. Para isso, voltou às bases, renovou suas lideranças e elaborou plataforma participativa. Mas pleito será disputadíssimo – e ultradireita tem a máquina do Estado a seu favor

Por Verónica Pérez Bentancur, no Nuso | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras

Em 2024 serão realizadas eleições no Uruguai para eleger presidente e parlamentares. Em junho serão as eleições primárias onde os partidos políticos escolherão os seus candidatos à Presidência. Já as eleições nacionais serão no último domingo de outubro e, se nenhum candidato atingir a maioria absoluta, haverá um segundo turno em novembro. Hoje, apenas dois partidos têm a possibilidade de vencer: o Partido Nacional, hoje no poder (que, atualmente, lidera uma coligação de centro-direita presidida por Luis Lacalle Pou) e a Frente Ampla (FA), um partido de centro-esquerda que governou o país durante três mandatos consecutivos (2005-2020) durante a chamada “virada progressiva”. (mais…)

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Como crise no Equador assanha o bolsonarismo

Decreto de “guerra civil” no país movimenta as redes da ultradireita, que usa o caso para legitimar o uso das Forças Armadas na segurança pública. Objetivo: apoiar a violência por parte de agentes do Estado como “solução mágica” na guerra às drogas

por Glauco Faria, em Outras Palavras

A atual crise de segurança pública no Equador tem sido explorada por perfis bolsonaristas nas redes sociais para mobilizar sua base e reforçar conceitos já defendidos por este segmento no Brasil. Não à toa, já que o atual cenário do país sul-americano contém elementos centrais no discurso de quase qualquer segmento de extrema direita no mundo. (mais…)

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Linera: Para derrotar a extrema direita, as esquerdas devem se radicalizar

O intelectual e militante boliviano marxista Álvaro García Linera afirma que para derrotar a nova direita, o progressismo deve confrontar as forças reacionárias e resolver os problemas econômicos da maioria, compreendendo o novo mapa da informalidade na América Latina

Por Tamara Ospina Posse, no blog da Boitempo

Após viagem à Colômbia para inaugurar o ciclo de pensamento “Imaginando o futuro desde o Sul”, organizado pelo Ministério da Cultura da Colômbia pela filósofa Luciana Cadahia, o ex-vice-presidente boliviano Álvaro García Linera conversou com a Jacobin sobre o cenário político e social que a América Latina atravessa neste “tempo liminar”, ou interregno como Gramsci dizia, que teremos que atravessar durante os próximos 10 ou 15 anos, até a consolidação de uma nova ordem mundial. É claro que esta escuridão instável é o momento para a entrada em cena da mais monstruosa extrema direita que, em certa medida, é consequência dos limites do progressismo. (mais…)

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A Argentina encara o fascismo-blitzkrieg

Ultradireita ensaia, com Milei, nova tática: ataque em massa aos direitos e à Constituição, para quebrar resistências. População responde, já na madrugada, num sinal de que a disputa será dura. As incógnitas: Justiça, mídia, poderes globais

Por Antonio Martins, em Outras Palavras

No tempo acelerado da hipercomunicação, os mitos podem surgir mas também desabar rapidamente – e continua havendo espaço para a luta popular. A indignação e o sangue quente dos argentinos voltaram a aflorar na noite de ontem (20/12), agora contra Javier Milei, empossado em apoteose há apenas onze dias. Às 21h, o presidente anunciou em pronunciamento à nação umDecreto de Necesidad y Urgencia (DNU) inconstitucional, que revoga 300 leis e impõe, por ato de força, o programa máximo dos neoliberais. As medidas destroçam os direitos sociais, instalam a lei do mais forte em todos os âmbitos econômcos e anulam as chances de soberania do país, como se verá adiante. (mais…)

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