Após pedido do MPF, governo federal cria grupo para encontrar solução conciliatória para comunidade do Horto no RJ

Grupo foi instituído por meio de portaria da Secretaria-Geral da Presidência da República

Após pedido do Ministério Público Federal (MPF), formulado por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Rio de Janeiro (PRDC/RJ), o governo federal anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) – a ser coordenado pela Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas – que ficará responsável por realizar estudos técnicos com o objetivo de encontrar solução conciliatória para moradias próximas ao Horto Florestal, no Jardim Botânico, município do Rio de Janeiro. A ideia do GT é reunir órgãos de proteção ambiental e patrimoniais, e as pessoas que historicamente habitam o perímetro do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Atualmente, os moradores da área conhecida como comunidade do Horto enfrentam diversas ações individuais de reintegração de posse movidas pelo JBRJ. (mais…)

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Cidades: laboratórios na transição ecológica

Elas podem ser vistas como caóticas, mas também são usinas de alternativas às mudanças climáticas e desigualdade. Uma delas é o Orçamento Participativo, ferramenta para democratizar o poder — e promover a ecologia de saberes

Por Gerson Almeida, em Outras Palavras

A cidade como promessa da boa vida

A cidade é uma promessa de vida melhor. Os homens juntam-se para viverem na cidade e ali permanecem a fim de “viver a boa vida”, disse Aristóteles1, que compreendia a cidade como uma associação formada para o bem viver. (mais…)

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Bolsonaro veta lei que proíbe “arquitetura hostil” contra pessoas em situação de rua

Projeto de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES) ficou conhecido como Lei Padre Júlio Lancelotti

Paulo Motoryn, Brasil de Fato*

O ex-capitão Jair Bolsonaro (PL), que está em seus últimos dias no cargo de presidente da República, vetou um projeto de lei que proíbe o uso de materiais e estruturas para afastar pessoas em situação de rua de locais públicos nas cidades. A informação foi divulgada pela Presidência da República na noite desta terça-feira (13). (mais…)

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Por uma cartografia social da Cracolândia

Como lidar com áreas “degradadas” das metrópoles? Pesquisador propõe mapas coletivos para entender os “fluxos”, combater estigmas e construir saídas. Cuidado e moradia, diz ele, são centrais e permitem resistir à especulação e à barbárie

Lucas Scatolini entrevista Aluizio Marino, no Outras Palavras

Uma névoa de guerra particular paira sobre o Centro de São Paulo. Maltrapilhos e famélicos, agarrados a cobertores puídos ou cachimbos metálicos, os “inimigos” são confinados a céu aberto em gradis, controlados por forças policiais, uma espécie de campo de concentração  light – se é que isso é possível. São “zumbis da pedra”, “crackudos”, “marginais”, segundo a velha mídia – e, portanto, menos humanos. Vivem na cracolândia paulistana. São quase duas mil pessoas nessa situação e território fluido, segundo estimativas. A cena já não choca mais – e divide a população, entre aqueles que a veem como um problema de saúde pública e os que acreditam ser caso de polícia, mostra pesquisa Datafolha. Porém, a visão autoritária e repressiva sobre a questão parece dominar a administração pública. (mais…)

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O direito à cidade e a redução das desigualdades: o caso do bairro Mãe Luiza – RN. Um outro olhar sobre a periferia. Entrevista especial com Ion de Andrade

Desde sua vivência na periferia de Natal, no Rio Grande do Norte, médico articula rede de inclusão social que garanta infraestrutura e lazer, demandas daquela população. Para ele, são bases para qualidade de vida da população e redução das desigualdades

Por: João Vitor Santos, em IHU

Em um contexto de empobrecimento e volta da fome ao Brasil, falar em lazer e direito à cidade parece utópico. Correto? Não. “Ao falar em Direito à Cidade estamos também falando sobre saúde em sentido amplo, enquanto bem-estar físico, mental e social. E, ao consolidar conquistas na área do direito à cidade, galgaremos também melhores indicadores de Saúde Pública”, defende o médico Ion de Andrade.

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Raquel Rolnik: a outra Semana de 22

Enquanto as elites viviam efervescências culturais, os territórios proletários se insurgiam contra a exploração, a carestia e os aluguéis abusivos. Cem anos depois, luta pelo direito à moradia ainda sacode a rica (e desigual) São Paulo…

Por Raquel Rolnik,* no LabCidade

O ano do centenário da Semana de Arte Moderna tem trazido uma oportunidade de revisitar esse momento. Então me pergunto: enquanto no interior do campo das elites intelectuais paulistanas se vivia toda a efervescência cultural da semana de 22, o que estava acontecendo, do ponto de vista cultural e político, nos territórios populares da cidade de São Paulo?

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Desigualdades, segregações e relações de poder: um retrato das cidades brasileiras e o desafio da justiça socioespacial e socioambiental. Entrevista especial com Anderson Kazuo Nakano

Professor demonstra como, desde 1500, a ocupação de terras se dá por interesses escusos, marginalizando aqueles que têm e sempre tiveram direito a um chão

Por: João Vitor Santos, em IHU

Desde a chegada do primeiro estrangeiro no Brasil, seja ele um náufrago, degredado ou colonizador, o uso da terra está envolto em exclusão e marginalização. “A história do Brasil após 1500 é marcada por diversas formas de produção do espaço baseadas em apropriações por meio de invasões, conquistas e ocupações de terras realizadas por diferentes grupos populacionais que já viviam aqui ou que chegaram da Europa e de outras partes do mundo”, reitera o demógrafo e professor Anderson Kazuo Nakano, em entrevista concedida por e-mail ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

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